domingo, 26 de setembro de 2010

Setor de autopeças reage a críticas feitas pela Volkswagen

Fabricante disse que negocia com fornecedores europeus e asiáticos.
Sindipeças defende que logística, impostos e burocracia afetam a indústria.

 
O Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) divulgou um comunicado sobre as críticas feita pela Volkswagen às empresas de autopeças nacionais durante a 11ª edição do Volkswagen Supply Award, uma premiação feita pela fabricante alemã aos seus melhores fornecedores nacionais.
(Foto: Reuters)

Durante uma coletiva de imprensa, a Volks reclamou da qualidade dos produtos das autopeças no Brasil e informou que negocia a substituição de alguns fornecedores por empresas européias e asiáticas que têm interesse em se instalar no país.

Em nota, o Sindipeças afirma que a montadora "aponta os canhões para o alvo errado” e enumera dez itens em defesa do setor, entre eles, os altos custos de logística, impostos, legislação trabalhista engessada e pesada burocracia que afetam toda a indústria nacional, seja ela de capital brasileiro ou estrangeiro.

Em pé de guerra
 
O primeiro embate entre montadoras e autopeças em 2010, ano que promete ser recorde de veículos com 3,4 milhões de unidades comercializadas, foi a retirada gradual de um desconto de 40% sobre a alíquota de importação de componentes que beneficiava montadoras e grandes fornecedores há dez anos.

Desde 2007, a produção brasileira de autopeças registra importações superiores às exportações, desequilíbrio considerado grave pelas empresas do setor. Para este ano, a previsão do Sindipeças é de déficit de, pelo menos, US$ 3,6 bilhões. O presidente da entidade, Paulo Butori, acredita que o quadro seja ainda pior e chegue a superar US$ 4 bilhões. Os culpados, segundo ele, são o real valorizado e a crise. Juntos, esses dois fatores tornam o Brasil um mercado atraente para os fornecedores estrangeiros de autopeças.
 
por: G1 SP

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