domingo, 31 de outubro de 2010

Reciclagem de carro no Brasil ainda é um sonho distante

 
Um em cada quatro carros que circulam na cidade de São Paulo está em situação irregular. Muitos se transformam em sucata e são jogados por aí, em desmanches, nos chamados cemitérios de automóveis, e vendidos aos pedaços, pra reposição.

O que não é aproveitado pode ser reciclado, mas dar fim a esses carros é o grande desafio do Governo. O Denatran pediu para a AEA, a Associação de Engenharia Automotiva, preparar um estudo sobre reciclagem. Há um ano uma comissão estuda o assunto. Mas nada ainda foi definido.

Imagine que uma das dificuldades para reciclar o material é que as peças jogadas nos terrenos são contaminadas com terra misturada com materiais perigosos para a saúde.

Há também problemas técnicos, porque não dá pra reciclar o carro todo. O vidro laminado não tem como reciclar. Alguns tipos de plástico também não.

A solução seria a incineração, mas a queima também polui o ar. O problema pode ser resolvido com filtros, que são muito caros.Você percebe que a questão está longe de ter uma solução a curto prazo.

Mas não há como adiar essa decisão. A reciclagem dos veículos, que em países do primeiro mundo está bem adiantada, ainda engatinha no Brasil.É preciso apertar o passo pra não ficar na rabeira da corrida por um mundo mais limpo.


por Joel Leite (Revista Autos)

GM volta a afirmar que Volt é apenas elétrico

Montadora diz que motor a combustão só alimenta as baterias

A General Motors voltou a garantir que o motor a combustão do Volt não tem ligação nenhuma com as rodas do veículo e que o propulsor não traciona o carro em algumas circunstâncias.

Segundo a assessoria de imprensa da Chevrolet, o motor elétrico do Volt tem autonomia para 64 km alimentado com as cargas completas do conjunto de baterias de íon-litio, formado por 200 células.

A polêmica começou quando a imprensa especializada norte-americana testou o veículo. De acordo com as publicações, o motor a combustão traciona diretamente as rodas em situações que consumiriam mais combustível, como arrancadas e em velocidades superiores a 112 km/h, como um sistema híbrido em paralelo.

No entanto, a Chevrolet afirma que o Volt usa um sistema híbrido em série, cujo motor 1.4 a combustão entra em ação quando as cargas da bateria estão mínimas apenas para abastecer o gerador que vai recarregá-las.

por Bruno Rovert (Revista Quatro Rodas)

Conar pune publicidades da Hyundai


Órgão divulgará texto repudiando posturas da montadora e de sua agência de propaganda


O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) vai tomar uma medida rara em relação às peças publicitárias da Hyundai.

Em uma reunião realizada pelo Conselho de Ética na semana passada, o órgão decidiu aplicar uma punição ao anunciante e realizará uma divulgação pública contrariando a postura adotada pela marca e sua agência publicitária, a Z+.

Na prática, o Conar afirma que vai publicar, nos próximos dias, um comunicado nas principais revistas e jornais do país repudiando a postura adotada pela Hyundai em 11 campanhas publicitárias. O órgão diz que a montadora peca ao citar, de forma antiética, seus concorrentes em peças publicitárias, e ao usar dados de pesquisa sem citar fontes e procedência dos dados de maneira explícita.

A Hyundai é uma das montadoras que mais investem em publicidade. Seus anúncios costumam usar supostos dados e resultados de pesquisas realizadas por institutos de renome – como o J.D Power –, além de citar informações de revistas especializadas, para ressaltar as virtudes de seus automóveis.

Outra prática comum da montadora e da agência Z+ é comparar os carros sul-coreanos com rivais europeus. Um exemplo clássico é o i30, que foi comparado aos modelos de BMW e Mercedes-Benz. 

A punição aplicada à montadora sul-coreana é considerada rara no mundo da publicidade. Normalmente, a sentença é dada em casos de incidência do anunciante em conduta imprópria ou quando o anunciante não retira as peças irregulares no prazo solicitado pelo Conar.

por Vítor Matsubara (Revista Quatro Rodas)

Setor automobilístico move R$ 1 em cada R$ 10 da economia do Brasil

Número considera indústria e comércio; fatia do setor deve crescer para 12% do PIB  


O setor automotivo respondeu por mais de 10% de tudo o que o Brasil gerou de riquezas no ano passado. Considerando o comércio e a indústria em toda a cadeia produtiva, é como se os negócios envolvendo veículos (desde fornecedores de peças até as concessionárias, passando pelas montadoras) gerasse pouco mais de R$ 1 de cada R$ 10 movimentados por toda a economia brasileira.

Só na indústria, por exemplo, a área representa um quarto do que foi movimentado no ano passado. O faturamento girou em torno dos R$ 130 bilhões (US$ 79 bilhões) e o valor gerado, tanto pelas fabricantes quanto pelas empresas de autopeças, ficou perto de 5% do PIB (Produto Interno Bruto), ou seja, da soma de tudo o que foi produzido de riquezas no país.

Funciona assim: o PIB brasileiro leva em conta tudo o que a economia move na produção industrial, na atividade do comércio, na oferta de serviços, na agropecuária e na arrecadação de impostos, entre outras atividades. No ano passado, o PIB ficou em R$ 3,143 trilhões.

Se os valores astronômicos fossem transformados em números mais simbólicos, daria para dizer que, se o PIB fosse de R$ 10, a indústria, sozinha, contribuiria com R$ 2. Para efeito de comparação, os serviços respresentariam pouco mais de R$ 5 e a agricultura, cerca de R$ 0,50.

Assim, desses R$ 2 de tudo o que a indústria gerou em riquezas, quase R$ 0,40 foi só da indústria automotiva. Para fechar a conta, é como se o comércio relacionado à negociação do que foi feito por essa indústria gerassem os outros R$ 0,60 – somando R$ 1 em cada R$ 10.

Para Sergio Reze, presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o setor automotivo é um dos motores das economias ao redor do mundo. Ajudam a gerar esses números as 26 fábricas de 16 montadoras no país, as 500 empresas de peças e as mais de 5.900 concessionárias.

- Neste ano, devemos responder por mais de 12% de toda a produção da economia (considerando indústria, peças e lojas, entre outros indicadores). Na época da crise, deu para ver que o governo investiu no setor automobilístico, porque a resposta [para a recuperação econômica do país] seria imediata e muito forte.

domingo, 24 de outubro de 2010

Vendas na primeira quinzena de outubro registram pequena queda

Volkswagen e Gol lideram ranking de emplacamentos do mês
As vendas de carros de passeio e comerciais leves na primeira quinzena de outubro tiveram pequena queda em relação ao mesmo período no mês passado e em 2009.

Segundo a Fenabrave, foram emplacados 140.233 unidades no mês, contra 140.590 em setembro, queda de 0,25%, e 155.701 (-9,93%) em outubro do ano passado. A previsão da MB Associados para o fim do mês é de 290.206 e as vendas ficaram abaixo da metade na primeira quinzena.

Na participação do mercado das marcas nos primeiros 15 dias do mês, a Volkswagen leva vantagem na venda de automóveis, com uma fatia de 22,58%, seguida pela GM (22,06%), Fiat (21,67%) e Ford (9,48%).

Já em automóveis, o Gol foi o modelo mais vendido, com 11.908 unidades emplacadas. O Uno ocupa a segunda colocação, com 10.820 vendas, seguido pelo Celta (7.013) e Corsa (6.608).

por Bruno Roberti (Revista Quatro Rodas)

sábado, 23 de outubro de 2010

Bosch atinge marca de 1 mil oficinas Original Auto Center

 
Oficinas mais capacitadas e preparadas para atender veículos mais antigos , e apoio técnico e treinamentos constantes.
 
Bosch possui mais de 1 mil oficinas credenciadas ao conceito Original Auto Center, que contempla estabelecimentos de reparação de pequeno porte que trabalham, em sua maioria, com veículos mais antigos. A ideia é alcançar a marca de 1.250 oficinas até o fim do ano em todo o Brasil.
 
A rede Original Auto Center se consolidou depois que a Bosch detectou que os profissionais que cuidam de frotas com idade média mais avançada, entre 10 e 15 anos, estavam desamparados, principalmente, de informações sobre produtos, tecnologias e treinamentos. "O objetivo da Bosch é oferecer o apoio de uma grande marca de autopeças para fornecimento de componentes e informações técnicas", ressalta Camila Loureiro, analista de marketing da divisão Automotive Aftermarket da Bosch.
 
Para se tornar uma credenciada Original Auto Center, as oficinas devem atender a alguns requisitos mínimos solicitados pela Bosch como, por exemplo, ter a empresa regularizada (CNPJ), um computador com acesso à internet e um elevador para veículos.
 
Entre os serviços que os credenciados têm à disposição estão: visitas periódicas de promotores treinados, informações atualizadas e auxílio técnico, suporte técnico por meio do 0800, site exclusivo da rede com acesso restrito aos credenciados, acesso gratuito aos cursos online do programa Super Profissionais Bosch, além de poder participar dos treinamentos presenciais no Centro de Capacitação Técnica da Bosch, em Campinas. Na parte visual, as oficinas da nova rede recebem placas de identificação interna e externa, além de jalecos oficiais da rede.
 
"O resultado dessa parceria é uma oficina mecânica mais capacitada e moderna, com acesso a especialização e treinamento constantes. Além disso, é a oportunidade do centro de reparação oferecer produtos originais e equipamentos de alta qualidade. Tudo para garantir a satisfação do seu cliente", completa Camila.
 
As oficinas interessadas em se credenciar podem se inscrever como candidatas no site www.originalautocenter.com.br, no link “Seja um Original Auto Center”.
 
O Grupo Bosch é um líder mundial no fornecimento de tecnologia e serviços. Em 2009, seus cerca de 275 mil colaboradores contribuíram para gerar um faturamento de 53 bilhões de dólares (38,2 bilhões de euros) nos setores de tecnologia automotiva, tecnologia industrial, bens de consumo e tecnologia de construção. O Grupo Bosch é composto pela Robert Bosch GmbH e suas mais de 300 subsidiárias e empresas regionais presentes em mais de 60 países. Incluindo os representantes de vendas e serviços, a Bosch está presente em aproximadamente 150 países. Esta rede mundial de desenvolvimento, produção e distribuição é a base para continuidade do crescimento. A cada ano a Bosch investe mais de 5 bilhões de dólares (3,5 bilhões de euros) em pesquisa e desenvolvimento, e requer registro de cerca de 3.800 patentes em todo o mundo. Com seus produtos e serviços a Bosch oferece soluções úteis e inovadoras para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
 
No Brasil, o Grupo Bosch oferece produtos automotivos para montadoras e para o mercado de reposição, ferramentas elétricas, sistemas de segurança, termotecnologia, máquinas de embalagem e máquinas industriais. Presente no País desde 1954, a Bosch emprega atualmente cerca de 11 mil colaboradores. Em 2009, o grupo no Brasil registrou um faturamento líquido de R$ 3,8 bilhões.

por Revista Fator com www.bosch.com.br

domingo, 17 de outubro de 2010

Grupo canadense terá fábrica em São Caetano


A multinacional canadense Magna International, que é a maior fabricante de autopeças canadense e uma das líderes mundiais do setor, vai abrir fábrica de bancos automotivos em São Caetano. A intenção é iniciar operações na região no primeiro trimestre de 2012.

O valor do investimento na planta não foi revelado e a empresa divulga que, por enquanto, haverá a contratação de apenas 30 funcionários (os quais vão receber as partes dos produtos e fazer a montagem no local).

Além da fábrica da divisão de bancos automotivos (Magna Seating) em São Caetano, a companhia deverá inaugurar, no início de 2011 em Jundiaí (SP), outra operação (a Cosma International), direcionada à produção de chassis e carrocerias.

O objetivo do grupo - que registrou faturamento anual de US$ 17,4 bilhões em 2009 e já tem unidade fabril no País, na cidade de Vinhedo (no interior do São Paulo), dedicada à produção de fechaduras automotivas - é aproveitar o bom crescimento econômico do País para ampliar a atuação no mercado brasileiro.

"É o lugar a se investir no momento. O Brasil está crescendo muito e queremos prover todo tipo de facilidades para as grandes montadoras", afirmou o vice-presidente do grupo, Scott Paradise.

CONCORRÊNCIA
 
A empresa já tem contrato fechado com a General Motors, para atender a montadora quando a fábrica de São Caetano começar a funcionar. Além do acerto com a fabricante, a companhia já tem negociações em andamento com outros potenciais clientes, revelou Paradise.

Segundo o executivo, a Magna está preparada para competir global e localmente no mercado de bancos automotivos e vai se posicionar como alternativa de qualidade para as empresas automobilísticas, como um fornecedor para plataformas mundiais.

RESULTADOS
 
Produtora de conjuntos automotivos, entre os quais bancos, chassi, carroceria, eletrônicos, motor, teto, além da montagem dos veículos, a Magna International tem quadro de 90 mil funcionários em 242 unidades fabris e 76 centros de engenharia em 25 países.

No ano passado, registrou faturamento de US$ 17,4 bilhões e projeta alcançar, neste ano, de US$ 21 bilhões a US$ 23 bilhões em vendas.

por Leone Farias (Diário do Grande ABC)

Programa vai testar segurança de carros vendidos na América Latina

Latin NCAP realizará testes de impacto nos veículos

 

Os motoristas que se preocupam com a segurança dos carros vendidos no Brasil terão uma importante fonte de informações a partir da semana que vem. O instituto Latin NCAP será o primeiro programa independente a realizar testes de segurança nos veículos novos comercializados em toda a América Latina.

O Latin NCAP será lançado oficialmente na próxima segunda-feira, 18 de outubro. Basicamente, o programa realizará testes de impacto frontal semelhantes aos realizados na Austrália, Europa e Estados Unidos. Em um primeiro momento, serão divulgados os resultados dos testes feitos com seis modelos.

Segundo o Latin NCAP, os veículos foram comprados e enviados a laboratórios certificados para avaliação de riscos de lesões em motoristas e passageiros. Cada carro automóvel foi submetido a uma colisão frontal a 64 km/h contra um obstáculo deformável, que simulava outro veículo.

O programa afirma que o objetivo é “colaborar para aumentar a segurança veicular para motoristas e passageiros nos países latino-americanos”.

por Vitor Matsubara (Revista Quatro Rodas)
Foto: Marco de Bari

Chrysler apresenta sedã 200 mirando em Honda Civic e Toyota Corolla

Versão reestilizada do Sebring, três volumes mistura elementos de outros modelos


Um americano para brigar com os estrangeiros. Assim poderia ser definido o 200, novo sedã da Chrysler apresentado nesta semana. Baseado no Sebring, o modelo tem visual inspirado no conceito 200C. Contudo, o painel futurista, grande destaque do protótipo de 2009, não foi confirmado para o três-volumes. Com preço na casa dos US$ 20 mil, o Chrysler 200 briga com os sedãs compactos (para os padrões norteamericanos) Honda Civic, Toyota Corolla e Volkswagen Jetta.

As motorizações possíveis para o novo sedã são um quatro cilindros de 2,4 litros e um V6 de 3,6 litros. A tradicional transmissão automática poderá ser de quatro ou seis velocidades, de acordo com a versão. A fábrica não divulgou dados de desempenho e preços, mas garantiu que informações mais detalhadas serão divulgadas até o lançamento do 200, no Salão de Detroit de 2011.

Visualmente o 200 agrada, apostando em um visual mais sóbrio do que seus concorrentes orientais. A dianteira carrega a enorme grade do radiador, já encontrada no sedã grande 300C. A traseira tem linhas arredondadas, com uma lanterna inspirada no Jaguar XF. Por ser fabricado nos Estados Unidos, o 200 não conseguiria chegar ao Brasil por um preço competitivo no segmento de sedãs médios. Porém não surpreenderia se a fabricante importasse o 200 para brigar no segmento de Ford Fusion e Chevrolet Malibu.

por Rodrigo Ribeiro (www.webmotors.com.br)

domingo, 3 de outubro de 2010

Divulgada a Programação da RIO PARTS 2010


   
Eventos acontecem em todos os dias de feira. Confira a grade de horários e temas e participe!

A RioParts – Feira Internacional da Indústria de Autopeças e Reparação Automotiva, que começa na próxima quarta-feira, dia 6, no Riocentro, no Rio de Janeiro, terá diversas palestras gratuitas para os visitantes. Elas acontecem em dois auditórios montados pela Filrio, cada um com capacidade para 50 pessoas, situados no mezanino do pavilhão. Confira, a seguir, a grade de programação:

planilha15.png 






















 
Haverá também outras palestras técnicas e de formação programadas para acontecer durante a feira. Uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) tem em sua programação palestras gratuitas, sempre às 18:30. Os temas são “Segmento Automotivo: Construa Sua Carreira de Sucesso” (6/10), Injeção Eletrônica Diesel para Veículos Pesados (7/10) e Injeção Eletrônica de Veículos de Passeio (8/10). Para participar, basta se inscrever no estande da entidade dentro da feira.
 
Em outro espaço, a Filrio promove cerca de 15 palestras nos quatro dias de feira. Elas tratam desde Filtros e Sistemas de Lubrificação a Aplicação e Rendimento do Turbo. Esses eventos, que são gratuitos, são realizados em dois auditórios diferentes, cada um com 50 vagas. As inscrições podem ser feitas no local.

Avaliação: Sedã Chinês que custa R$ 39,98 mil cumpre o que promete

Completo e com acabamento mediano, sedã chinês tem no preço sugerido o seu maior ponto forte

 Antes de avaliar o Lifan 620, rodamos no Lifan 320. A diferença de um para o outro é extrema e as condições manutenção são iguais. Assim como o hatch compacto da marca chinesa, o sedã Lifan 620 também busca inspiração em um modelo consagrado. No caso do modelo maior a tentativa é de se comparar ao Toyota Corolla.

Lembrar o carro japonês, o Lifan 620 lembra, muito de leve. Ficaria melhor se ele fosse comparado com a geração antiga do Toyota Corolla. Com um porta-malas de 650 litros, 2,60 m de distância de entre-eixos e 4,55 m de comprimento, o Lifan 620 tem espaço de sobra. É tanto espaço que ele até sofre um pouco para arrastar 1.150 kg com o seu motor de 1,6 litro e 106 cv de potência. Relação peso/potência de 10,8 kg/cv.

Durante a avaliação feita pelo WebMotors pode-se perceber que o sedã tem uma posição boa de condução. A única coisa que não é favorável é a visibilidade, ela foi prejudicada pelo fato da coluna A e da C serem maior que o natural. A sensação é semelhante da apresentada pelo Renault Logan.

A “arrancada” do modelo chinês diante da concorrência está nos equipamentos de série oferecidos. No Lifan 620 você encontra como principais itens: ABS e EBD, airbag duplo, ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, volante com regulagem de altura, direção hidráulica, sensor de estacionamento e travas e vidros elétricos.

Duas curiosidades nos equipamentos de série mencionados pela representante da fabricante chinesa são os faróis com lanternas de Led e o banco em couro ecológico. Os filetes do faróis transmitem uma sensação de apoio ao conjunto óptico. Outro motivo dos filetes é que na Europa os veículos devem andar por lei, com as lanternas acesas. Logo, a melhor solução encontrada pelos engenheiros de lá foi a substituição das lâmpadas convencionais por Leds, assim haveria um menor desprendimento de energia. Essa tecnologia só que em uma melhor qualidade está presente no Audi A3.

No caso dos bancos em couro ecológico, diferente do couro tradicional, a estranheza fica por conta do odor diferenciado. Aliás, aquele cheiro de carro novo que o brasileiro gosta, dificilmente será reconhecido nos automóveis chineses. A composição do couro ecológico é basicamente de 70% de policloreto vinílico (PVC), 25% de poliéster e 5% de poliuretano. Há também uma base em tecido 100% de algodão.

Resumo do carro

Após a partida feita e o reconhecimento da novidade pode-se notar que o Lifan dá conta do recado sem levar estrelinhas de graduação. O motor tem um ruído um pouco acima do normal e a embreagem é um pouco firme demais. Com o hábito e o decorrer do dia-a-dia esses detalhes passam desapercebidos.

Ponto negativo para o acabamento do porta-malas, que utiliza pescoço de ganso e forro em madeira para efetuar a separação do estepe de serviço. Ponto positivo para a suspensão firme e para os engates precisos.

Seguro, revenda e manutenção

A partir do momento em que o Lifan 620 passa a ser um automóvel usado, ele desvaloriza em R$ 5 mil. Por enquanto ainda não é possível avaliar a sua revenda, mas tudo indica que o automóvel se consolidará conforme o tempo. 

Apesar de oferecer três anos de garantia, todas as revisões têm de ser feitas em uma das concessionárias da marca. São 17 espalhadas pelo Brasil, sendo que nove estão previstas para inaugurar. Conforme afirmamos na matéria do compacto Lifan 320, a marca chinesa quer crescer no Brasil, o sinal disso é que para o Salão do Automóvel de São Paulo a marca pretende apresentar sete novos modelos, entre eles uma Van e um SUV.

Ficha Técnica – Lifan 620

Motor Quatro cilindros em linha, dianteiro, transversal, 16 válvulas, 1.587 cm³
Potência 106 cv (gasolina)
Torque 14,1 kgfm (gasolina) a 2.500 rpm
Câmbio Manual, com cinco marchas
Tração Dianteira
Direção Por pinhão e cremalheira, com assistência hidráulica
Rodas Dianteiras e traseiras em aro 15” de liga-leve
Pneus Dianteiros e traseiros 195/60R15
Comprimento 4,55 m
Altura 1,50 m
Largura 1,70 m
Entre-eixos 2,60 m
Porta-malas 650 l
Peso (em ordem de marcha) 1150 kg
Tanque 58 l
Suspensão Dianteira independente, tipo McPherson; traseira dependente, tipo barra de torção
Freios Discos
Preço R$ 39,98 mil

por Rodrigo Samy (Web Motors)

Foto: www.carplace.virgula.uol.com.br

Serviços mais realizados nas oficinas

Limpeza do sistema de injeção eletrônica e lubrificação para a retirada de resíduos é o primeiro deles

 

Pesquisa realizada pelo Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo), em 50 oficinas divididas por regiões (centro, norte, sul, leste e oeste) na cidade de São Paulo, revela que 54% motoristas só levam os veículos para revisão após os mesmos serem rejeitados/reprovados na inspeção ambiental veicular, 22% disseram fazer uma revisão pré e 24% afirmaram que vão ao mecânico de confiança antes e depois da inspeção.

Os principais serviços executados em veículos de passeio para pré e pós-inspeção ambiental veicular são:

1. Descarbonização (limpeza do sistema de injeção eletrônica e lubrificação para a retirada de resíduos acumulados em áreas internas do motor);
2. Revisão do cabeçote;
3. Revisão do carburador;
4. Revisão completa (verificação do sistema alimentação, escapamento, motor, sistema de ignição, suspensão, freio e direção);
5. Revisão do sistema de injeção eletrônica;
6. Revisão do sistema de escapamento (catalisador – troca ou colocação);
7. Sonda lambda;
8. Troca de filtros de óleo;
9. Regulagem do motor.

A pesquisa identificou também que a ampliação da inspeção ambiental veicular para toda a frota de São Paulo provocou aumento do movimento nas oficinas pesquisadas em até 36%, sendo que este maior índice foi constado na zona leste, 30% no centro e região sul e 21% na parte oeste da cidade.

O Sindirepa-SP criou programa de Seleção de Oficinas para Atendimento Pré e Pós-Inspeção Ambiental Veicular em Veículos/Motocicletas do Ciclo Otto e Ciclo Diesel, que conta com o apoio da Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo.

A iniciativa visa orientar as oficinas a adotarem serviços e equipamentos necessários para realizar a pré e pós-inspeção e tem a parceria de empresas especializadas em produtos e equipamentos relacionados à inspeção, que atendem às exigências da legislação (Alfatest, Bosch, Napro, Mastra, Snap-on e Tecnomotor), sendo possível oferecer a assistência necessária para as oficinas que desejam ingressar no programa.

O consumidor pode consultar no site da entidade www.sindirepa-sp.org.br a lista com 280 oficinas credenciadas ao programa, que estão separadas por regiões da cidade de São Paulo e também por tipo de veículo (carro, moto e caminhão).


Por Antonio Carlos Bento

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Antônio Carlos Bento é coordenador do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva composto pelo Sindipeças – Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores; Andap – Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças; Sincopeças-SP – Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo; Sindirepa-SP – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo, entidades que representam a cadeia de reposição independente de veículos.