Adicionar legendaConsórcio é opção para adquirir carro a médio ou longo prazo (foto: Ângelo Antônio Duarte/Agência OGlobo) |
Acesso ao crédito, facilidade de conseguir financiamento somados ao
imediatismo comum ao comportamento do brasileiro fizeram com que uma
modalidade de compra a prazo de automóveis, o consórcio, perdesse a
força. Mas o modo de aquisição pode voltar a figurar entre as principais
opções para o consumidor. Um dado da Associação Brasileira de
Administradores de Consórcios (Abac) mostra que no primeiro semestre
deste ano houve crescimento de 5% na venda de novas cotas para
automóveis, em comparação ao mesmo período do ano passado, totalizando
413,5 mil unidades de janeiro a junho.
No consórcio, os
participantes entram em grupos para fazer pagamentos mensais em até 60
meses, há a cobrança de 15% de taxa administrativa em cima do valor do
veículo que é diluída durante as prestações e a variação do reajuste da
mensalidade acontece de acordo com o preço de tabela. Bom para quem
deseja se planejar, sem que exista a necessidade de fazer uso de
economias pessoais para dar entrada em um financiamento comum. Ruim para
quem tem expectativa de ter o carro na garagem, pois é preciso contar
com a sorte durante os sorteios mensais ou oferecer um bom lance para
levar o automóvel para casa.
Ao ser sorteado, o consumidor recebe o
dinheiro da administradora do consórcio e ganha poder de barganha, com a
vantagem de poder utilizar a carta de crédito de um carro de entrada,
por exemplo, para dar um upgrade no sonho e levar para a garagem um
automóvel com valor final maior que o contratado.
O
tecnólogo Nobuhiro Matsubara contratou o consórcio para adquirir um
Honda Fit. Após dar um lance, em maio, conseguiu levar o modelo, ano e
modelo 2009, para casa. “Eu fiz a opção pelo consórcio por não ter
pressa em ter o carro e pelo juro ser abaixo que das outras
modalidades”, disse.
Dicas para a hora da escolha
O
consórcio para automóveis é um modo de consumo responsável aliado ao
planejamento estratégico que volta a ganhar força segundo Paulo Roberto
Rossi, presidente executivo da Abac. “O brasileiro está em busca do
consórcio porque pode planejar a compra do bem, mas deve evitar se tiver
muita pressa e necessidade do meio de transporte”, explica.
Para
garantir que a aquisição seja bem-sucedida, segundo o presidente da
Abac, quem contrata o consórcio precisa verificar se a administradora
está registrada no Banco Central do Brasil ou associada à Abac e ler o
contrato de forma minuciosa.
“Nesse primeiro semestre
houve um crescimento nas vendas de cotas por meio das administradoras
ligadas a bancos de montadoras de 47,9%”, destaca o consultor
automotivo, Raphael Galante. “O consórcio é uma boa opção para o
consumidor que quer comprar um carro a médio, longo prazo, sem ter que
pagar, por exemplo, Taxa de Abertura de Crédito (TAC) e Imposto sobre
Operações Financeirs (IOF)”, explica.
por Simone Tobias (Auto Esporte)
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