Dia 24 de outubro começa a 27ª edição do Salão do Automóvel de São Paulo,
a maior exposição automotiva da América Latina. O evento segue até o
dia 4 de novembro no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na zona norte de
São Paulo. Em entrevista coletiva à imprensa na manhã desta
quarta-feira (17), a organização deu detalhes sobre o evento e ressaltou
o crescimento de sua visibilidade no setor automotivo mundial. Isso
porque já está confirmada a presença de diversos presidentes mundiais
das montadoras bem como o aumento do número de expositores: serão 49
marcas, ante as 42 da última edição, e 500 carros expostos (foram 450 em
2010).
Paulo Octávio Pereira de Almeida,
vice-presidente executivo da Reed Exhibitions Alcantara Machado,
empresa que promove a mostra, diz que a ideia era manter a participação
de todas as marcas de automóveis oficialmente representadas no Brasil e
ampliar essa gama.
Mas isso não foi possível e o salão, como se sabe, sofre com as baixas de marcas de luxo, como Ferrari, Maserati e Lamborghini. A explicação para a ausência dada por Ricardo Strumz,
diretor financeiro da Associação Brasileira das Empresas Importadoras
de Veículos Automotores (Abeiva), dá a entender que a decisão foi tomada
pelas marcas em função da situação atual do mercado de importados e do
desinteresse no Brasil: “Eu concordo que essas marcas tem um apelo muito
grande. São ícones esportivos, de design, potência e alta tecnologia,
um show a parte. Mas, às vezes, o interesse em expor visa ao fechamento
de vendas futuras e as decisões passam a ser puramente financeiras,
focadas na relação custo-benefício”, explica. É provável que esse
também tenha sido o motivo da desistência da Bentley há apenas uma
semana do início do evento.
Ferrari terá apenas um exemplar da 458 Spider no Salão de São Paulo; o modelo pode ser visto no estande da Fiat |
Mas
Paulo de Almeida acredita que o Salão não perderá com a ausência dos
grandes luxuosos. Especialmente porque, no fim das contas, Ferrari e Maserati estarão presentes, mesmo que em menor número, no estande da Fiat. “Do ponto de vista do visitante, a marca está no evento. A pessoa vai ver o carro”, diz.
As estreias do Salão
Mesmo
com esse porém, a Reed ressalta a relevância crescente do evento e do
Brasil no mercado mundial, dada a crise europeia e a consequente queda
nas vendas de automóveis no continente. Para o representante da
organizadora, os destaques este ano são outros. “O próprio mercado, com
essa presença de 500 modelos, é um destaque. Além disso, é a primeira
vez que a Lexus estará presente, a marca RAM e quatro novas chinesas também chegam. Também tem as surpresas de cada marca, mas essas são guardados a oito chaves”, conta.
Em um Salão com poucos luxuosos, o Hyundai HB20 promete ser um dos mais procurados pelo público |
De
acordo com a Reed, o crescimento em relação à última edição (2010)
tanto em tamanho como em atenção ao evento sinalizam sua importância no
cenário automotivo. “Os números são pujantes, temos um salão vivo e
crescendo. São Paulo está dentro do top 5 de salões do mundo, assim como
o Brasil no mercado”, comenta Almeida.
O salão abre as
portas pra o público a partir das 14 horas do dia 24. Os dias 22 e 23 de
outubro serão dedicados somente para os veículos de comunicação. A
cerimônia de abertura será no dia 24, à partir do meio-dia, no Auditório
Elis Regina, com presenças (ainda não confirmadas) de autoridades do
governo como a presidenta Dilma Rousseff, o governador do estado,
Geraldo Alckmin e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
por Raphael Martins (Auto Esporte)
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