domingo, 31 de outubro de 2010

Setor automobilístico move R$ 1 em cada R$ 10 da economia do Brasil

Número considera indústria e comércio; fatia do setor deve crescer para 12% do PIB  


O setor automotivo respondeu por mais de 10% de tudo o que o Brasil gerou de riquezas no ano passado. Considerando o comércio e a indústria em toda a cadeia produtiva, é como se os negócios envolvendo veículos (desde fornecedores de peças até as concessionárias, passando pelas montadoras) gerasse pouco mais de R$ 1 de cada R$ 10 movimentados por toda a economia brasileira.

Só na indústria, por exemplo, a área representa um quarto do que foi movimentado no ano passado. O faturamento girou em torno dos R$ 130 bilhões (US$ 79 bilhões) e o valor gerado, tanto pelas fabricantes quanto pelas empresas de autopeças, ficou perto de 5% do PIB (Produto Interno Bruto), ou seja, da soma de tudo o que foi produzido de riquezas no país.

Funciona assim: o PIB brasileiro leva em conta tudo o que a economia move na produção industrial, na atividade do comércio, na oferta de serviços, na agropecuária e na arrecadação de impostos, entre outras atividades. No ano passado, o PIB ficou em R$ 3,143 trilhões.

Se os valores astronômicos fossem transformados em números mais simbólicos, daria para dizer que, se o PIB fosse de R$ 10, a indústria, sozinha, contribuiria com R$ 2. Para efeito de comparação, os serviços respresentariam pouco mais de R$ 5 e a agricultura, cerca de R$ 0,50.

Assim, desses R$ 2 de tudo o que a indústria gerou em riquezas, quase R$ 0,40 foi só da indústria automotiva. Para fechar a conta, é como se o comércio relacionado à negociação do que foi feito por essa indústria gerassem os outros R$ 0,60 – somando R$ 1 em cada R$ 10.

Para Sergio Reze, presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o setor automotivo é um dos motores das economias ao redor do mundo. Ajudam a gerar esses números as 26 fábricas de 16 montadoras no país, as 500 empresas de peças e as mais de 5.900 concessionárias.

- Neste ano, devemos responder por mais de 12% de toda a produção da economia (considerando indústria, peças e lojas, entre outros indicadores). Na época da crise, deu para ver que o governo investiu no setor automobilístico, porque a resposta [para a recuperação econômica do país] seria imediata e muito forte.

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