domingo, 27 de novembro de 2011

Carros mais vendidos na América Latina oferecem pouca segurança ao motorista e aos passageiros

Os testes comprovaram que a segurança dos carros dessa região é a mesma dos carros que rodavam na Europa há 20 anos


O Latin NCAP, Programa de Avaliação de Carros Novos na América Latina, divulgou na última quinta-feira (24/11) os resultados do teste de colisão de oito carros de passeio que rodam ao sul do continente americano. A partir desses resultados, concluiu-se que os riscos de lesões fatais oferecidos aos motoristas são extremamente altos. Os modelos Chevrolet Celta, Chevrolet Corsa Classic, Chevrolet Cruze Lt, Fiat Novo Uno Evo, Ford Focus Hatchback, Ford KA Fly Viral, Nissan March e Nissan Tiida Hatchback foram submetidos a testes de impacto frontal a 64 km por hora contra um obstáculo que simulava outro carro. Foi comprovado que a segurança dos veículos mais vendidos na América latina é a mesma dos carros que rodavam na Europa há 20 anos.

Tanto na primeira quanto na segunda fase de testes realizados em 2010, foram comprovados os benefícios do airbag. Foram testadas as versões básicas de cada modelo (sem airbag de série) e também as versões com e sem airbag de carros adicionais. Os carros sem airbag obtiveram apenas “uma estrela” na classificação, enquanto aqueles que possuíam o equipamento de segurança receberam “três estrelas”. O estudo comparativo dos resultados comprova que o uso do airbag oferece uma redução significativa do risco de lesões graves ou fatais.

Também foi comprovada a importância do uso da cadeirinha e de assentos infantis no banco de trás. Nos testes de impacto frontal com barreiras, foram utilizados dummies, espécie de boneco próprio para essa prática, que simulavam crianças de um ano e meio e três anos de idade acomodadas no banco traseiro em um sistema de retenção recomendado pelo fabricante. Às vezes a cadeirinha não se encaixa corretamente por causa da geometria do sinto de segurança. No Nissan Tiida Hatchback, por exemplo, a cadeirinha infantil quebrou durante o impacto, provocando um excessivo deslocamento do dummie. O Latin NCAP recomenda que todos os governos da região promovam o uso do ISOFIX, sistema que oferece um método muito mais seguro para fixar os assentos infantis.

Os testes também revelaram a fragilidade das carrocerias, sua incapacidade de agüentar impactos mais fortes e a presença de estruturas que podem provocar graves lesões e até mesmo a morte dos passageiros e do motorista. 

Os modelos mais caros foram aqueles que apresentaram melhores resultados, enquanto os mais baratos foram classificados como os que mais oferecem riscos à vida.

O Latin NCAP tem como objetivo incentivar os governos, os fabricantes e os consumidores a dar mais atenção à segurança veicular. Ele recomenda aos governos da América latina que tornem o airbag um item obrigatório a todos os automóveis, e aconselha os consumidores a adquirir carros que tenham o equipamento presente. No Brasil, o airbag duplo e o sistema de freios ABS serão itens obrigatórios a partir de 2014, mas ainda não se sabe qual será o impacto causado no bolso do consumidor devido a essa mudança.

por Redação (Auto+)

Motofair apresenta mais novidades para 2012

Foto: Fred Mancini/Y.SPorts

A organização do Salão das Motos de Minas (Motofair) em 2012 promete boas novidades para o público. A Minasplan, que promove a atração, divulgou mais novidades para a 3ª edição da maior feira do segmento duas rodas do Brasil, fora de São Paulo.

A Minasplan confirmou novas parcerias e atrações para o ano que vem. Por meio da empresa Bel Lube, o Motofair será apoiado pela Mobil e pela Michelin. A Bel Lube atua no mercado mineiro há mais de 40 anos, distribuindo lubrificantes e pneus com profissionalismo e preparo técnico.

Além da parceria, a Minasplan também anunciou um evento paralelo a Motofair. Trata-se do Salão Off-Road, voltado para os amantes dos esportes fora-de-estrada, em duas ou quatro rodas.

Repetindo o sucesso da edição deste ano do Motofair, a Honda confirmou, pelo segundo ano seguido, a realização do “Harmonia no Trânsito” durante os quatro dias da maior feira sobre duas rodas do Estado.

O programa da montadora possibilitará aos visitantes do Motofair participar de palestras, simuladores de pilotagem e treinamentos práticos em motocicletas. A iniciativa da Honda visa a conscientizar motociclistas, motoristas e pedestres a exercerem sua cidadania em prol de um convívio mais amigável no trânsito.

Para isso, a empresa realizará, em parceria com o Motofair, atividades teóricas e práticas, que vão desde dicas de como checar os equipamentos da motocicleta até as leis de trânsito, equipamentos de proteção, postura adequada para pilotar, noções de manutenção e atividades lúdicas para as crianças.

A partir de 2012, o Motofair será realizado bienalmente. Portanto, participe agora! Não espere até 2014.

O Motofair tem organização Minasplan e apoio Abraciclo, Anfamoto, Abram, Abradibi, TCMG, Sindicov-MG, Fenabrave-MG, Sest Senat, Federação Mineira de Ciclismo (FMMC), Amot-MG, Governo de Minas Gerais e Bel Lube. Para mais informações, ligue (31) 3371-3377 ou acesse o site www.motofair.com.br.

por Redação (Moto.com.br)

Saiba como realizar a troca de óleo e a limpeza do sistema de direção hidráulica


Os proprietários de veículos com direção hidráulica devem ficar atentos ao prazo para a troca do óleo e à limpeza do sistema. É recomendado a troca do lubrificante a cada 40 mil quilômetros rodados. Acima dessa quilometragem pode haver risco de o líquido envelhecer, causando sérios danos aos componentes presentes no conjunto de direção.  A DHB, empresa especializada na fabricação de componentes automotivos, enviou ao Portal do Mecânico uma dica técnica explicando os procedimentos necesários para realizar a limpeza e a troca de óleo do conjunto. Leia abaixo as informações:

Qual óleo deve ser utilizado?

Pode-se utilizar qualquer óleo hidráulico classe Dexron II. Porém, é preciso ter cuidado para não misturar óleos de diferentes fabricantes.

Como se deve trocar o óleo?

- Para se efetuar a troca de óleo e a limpeza do sistema, é indicado substituir o reservatório de óleo dos modelos que não são possíveis de se efetuar uma limpeza perfeita do elemento filtrante;

- Deixe a mangueira do retorno solta, direcionada à bandeja coletora e estanque o tubo de retorno do reservatório;

- Enquanto um técnico abastece o reservatório com óleo, outro esterça o volante de batente a batente com o motor desligado para fazer a sangria da bomba de direção;

- Depois de feita a sangria, dê a partida no motor e siga esterçando o volante de batente a batente.

Nunca deixe faltar óleo no reservatório

- Após serem consumidos 2,5 litros de óleo, desligue o veículo;

- Reconecte a mangueira de retorno e complete o nível de óleo;

- Execute o teste de rodagem. E, então, verifique se não há vazamento.

A execução dos passos descritos acima deve ser tomada quando há troca ou reparação de componentes do sistema hidráulico, como bombas e mecanismos.

Fonte: Moglia Comunicação Empresarial / DHB Componentes Automotivos / Redação SETE

Nakata lança bombas de óleo na reposição para pesados e extrapesados


A Nakata está lançando dez modelos de bombas de óleo para o mercado de reposição de veículos pesados e extrapesados. As novas peças abrangem 57 modelos das marcas Ford, VW, Mercedes-Benz, Volvo e Scania.

De acordo com a fabricante, na Ford, os lançamentos atendem desde a picape F 250 3.9 até vários modelos da linha Cargo, a partir de 1992, entre outros. Na Mercedes-Benz, são supridos a linha Sprinter da Mercedes-Benz desde 2002 até 2010, e vários modelos de caminhões da linha Axor. 

Para a Volkswagen, os novos itens abrangem vários modelos da linha Worker, desde 2000. Já a Volvo tem opções para a linha VM, dos modelos mais antigos até os atuais, assim como os ônibus e caminhões da Scania.

Os produtos, que já estão disponíveis no mercado de reposição, podem ser consultados pelo catálogo eletrônico no site da Nakata www.nakata.com.br.

por Portal O Mecânico (www.omecanico.com.br)

Suzuki vai à justiça contra Volkswagen


Montadora japonesa quer que alemã devolva as ações

A matriz da Suzuki, no Japão, divulgou na última quinta-feira (24) um comunicado oficial confirmando o acionamento do Tribunal Internacional de Arbitragem (ICC) contra a Volkswagen. A montadora japonesa já havia anunciado o fim da parceria com o grupo alemão há uma semana, e agora reivindica a recompra das ações adquiridas pela Volks em 2009. Hoje, a alemã possui 19,9% dos papéis da Suzuki, sendo a maior acionista.

No auge da crise financeira, no fim de 2008, a General Motors se desfez dos 3% de papéis ativos que possuia da Suzuki. E em 2010, a Volkswagen, de olho especialmente no mercado indiano e na liderança mundial, decidiu comprar uma participação na montadora japonesa. A princípio, a fatia na Suzuki – majoritária, diga-se – tinha como principal intenção o compartilhamento de tecnologias (a Volks estava interessada na experiência da japonesa em fazer carros pequenos). Mas a parceria não funcionou. 

O negócio não rendeu “frutos” nem para uma, nem para outra. E agora a Suzuki quer que a Volkswagen venda de volta as ações. Para comprar os 19,9% de participação, foi feito um acordo em que a Suzuki arrematou 1,49% dos papéis da VW. A briga entre os executivos das duas montadoras se acirrou no início desse ano, quando a Volks acusou a Suzuki de quebrar o acordo fornecendo motores a diesel para a Fiat.

Em contrapartida, a Suzuki replicou dizendo que a Volkswagen nunca compartilhou suas tecnologias de motores – o que interessava aos japoneses. O pedido para que a Volks revenda à própria Suzuki sua participação foi feito em 12 de setembro, véspera da abertura do Salão de Frankfurt. E no dia 18 de novembro, a montadora nipônica anunciou oficialmente o rompimento unilateral da parceria com o grupo alemão.

por Redação (Auto Esporte)

Kombi chega à unidade de nº 1.500.000

Colaboradores da Volkswagen comemoram a produção da unidade 1.500.000 da Kombi

Utilitário foi o primeiro veículo fabricado pela Volkswagen no Brasil

A Kombi é o veículo de maior longevidade na história da indústria automotiva mundial. E nesse mês de novembro o utilitário bateu mais um recorde: chegou à marca de 1.500.000 de unidades produzidas na fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP).

Sucesso de vendas desde que foi lançado no Brasil, em 1957, o primeiro modelo feito pela Volkswagen no mercado nacional teve 370 unidades emplacadas no primeiro ano de produção. Com cinco anos depois (de 1957 a 1961), a Kombi já acumulava 41.083 unidades comercializadas no país. O marco de 500.000 unidades comercializadas foi alcançado em junho de 1977. E em 1995, foi vendida a unidade de número 1.000.000. 

Segundo a Volks, o segredo da carreira bem-sucedida é simples: “nenhum outro utilitário alia tanta versatilidade no transporte de cargas e passageiros com baixo custo de manutenção como a Kombi. Ao longo dos seus 54 anos de produção no Brasil, o veículo acumulou 1.404.083 unidades vendidas”.

No final de 2005, a Kombi passou a ser equipada com o motor 1.4 Total Flex (arrefecido a água), até 34% mais potente e cerca de 30% mais econômico do que o antecessor refrigerado a ar. Com o novo motor, o modelo desenvolve potência de 78 cv quando abastecido com gasolina e 80 cv, com etanol. 

Atualmente, a Kombi está disponível em quatro versões: Standard (9 passageiros), Furgão (2 ou 3 passageiros), Lotação (12 passageiros) e Escolar (15 passageiros).

por Redação (Auto Esporte)

Salão de Antigos reúne clássicos, esportivos e raridades no Anhembi

Foto: Aline Monteiro

O Salão de Veículos Antigos, que acontece entre os dias 24 e 27 de novembro, reúne modelos para todos os gostos no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

Com 240 veículos em exposição, o público, logo ao entrar no espaço, pode conferir os carros organizados por uma espécie de linha do tempo. E o primeiro a chamar a atenção é o Ford T de 1911 (foto), o carro mais antigo do salão e o pioneiro da produção em linha de montagem. “Ele foi fabricado entre 1908 e 1927 e, por toda sua história, foi considerado o carro do século XX”, explica Glaucio Teixeira, do Automóvel Clube do Brasil.

Os famosos Romi-Isetta também atraem olhares do público. Os carrinhos com formato de ovo possuem apenas uma porta, foram os primeiros a serem fabricados no Brasil na década de 50 e completam 55 anos de história.

Já o modelo mais caro do evento é o Mercedes-Benz 300 SL, também conhecido como asa-de-gaivota, por conta de suas portas que abrem para cima. O modelo exposto está avaliado em cerca de R$ 1,8 milhão e só foram produzidas 1400 unidades da versão com teto.

Outros carros consagrados e esportivos se destacam entre os clássicos, como Porsche Carrera, Ferrari Dino, Lotus Esprit, Corvette Stingray, Maverick, Mustang, De Tomaso Pantera, Jaguar E-Type e Lamborghini Urraco são exemplos de modelos que marcaram a esportividade de gerações.

Volkswagen SP2, Brasinca 4200 GT, o famoso Uirapuru, Pumas, Opala SS, Dodge Charger R/T, Alfa Romeo Furia GT e Karmann Ghia são os brasileiros que fizeram muito importado comer poeira há alguns anos. Eles se juntam aos modelos que marcaram a indústria automobilística do país, como Simca, DKW Vemag, FNM e Aero Willys.   

Para os amantes dos clássicos, não faltam opções: Chevrolet Impala, Ford Landau, Rolls-Royce Silver Cloud e Cadillac Eldorado também exibem seus dotes – e caudas - no salão.

Quem for ao salão ainda pode conferir de perto o Simca Chambord 1959 e a Chevrolet Veraneio do Inspetor Carlos, do seriado Vigilante Rodoviário, e ainda ver um leilão de 70 modelos.

Salão Internacional de Veículos Antigos
 
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 1.209 - Santana - São Paulo – SP
 
Data: 24 a 27 de Novembro de 2011
 
Ingressos: R$ 10 (crianças de 5 a 12 anos, professores, estudantes ou aposentados); R$ 15 (caravanas) e R$ 20 (para adultos).

por Bruno Roberti (Quatro Rodas)

Toyota fecha acordo com Intel


Parceria visa desenvolver novas tecnologias

A Toyota fechou uma parceria tecnológica com a fabricante de processadores e periféricos para eletrônicos Intel, visando iniciar pesquisas para a próxima geração de sistemas multimídia para veículos.

Segundo a montadora, as pesquisas “buscarão metodologias para prover informações e conectar os motoristas por meio de sistemas integrados ao veículo”. Outro objetivo da parceria é criar ferramentas que facilitem a integração “entre sistemas de informação de bordo com sistemas instalados nos arredores da localização do veículo”.

De acordo com a Toyota, “a quantidade de dados trocada entre carros e motoristas tende a aumentar devido a crescente demanda por informações de trânsito, pesquisas por destinos, integração entre Cruise Control e os limites de velocidades das vias e outros sistemas de apoio”. É baseada nesta tendência que a empresa aposta no desenvolvimento de novas tecnologias que atendam às necessidades e desejos do motorista sem interferir na condução do veículo.

A marca ainda não informou quando será iniciado o programa de cooperação nem quais modelos podem adotar as novas tecnologias criadas em conjunto com a Intel no futuro.

por Vitor Matsubara (Quatro Rodas)

domingo, 20 de novembro de 2011

Hotéis de motos

Para evitar conflitos, muita gente precisa manter a moto fora do lar. Hospedar máquinas já se tornou até oportunidade de negócio


Curvas insinuantes, movimentos sincronizados. Qualquer voltinha com ela é uma delícia. O problema é que às vezes o relacionamento tem de ser clandestino - a família não a aceita. A moto pode ser abrigada na casa de um conhecido, em estacionamentos ou lojas, onde pode repousar longe das reclamações.

Tiago Nascimento Roque se encaixa no perfil. Ele tem hoje Kawasaki Z750, bem mais voluptuosa que a anterior, uma Yamaha XT 225. "Caí duas vezes na cidade. Num dos tombos, quebrei os dois ossos do antebraço e o tornozelo. Fiquei um bom tempo de molho", afirma o projetista de 28 anos. Agora, só às escondidas. "Meu pai nem reclama tanto, mas minha mãe é contrária às motos e minha madrinha, pior ainda. Se ela vê a moto, é capaz de tocar fogo", diz ele, sorrindo.

Se uma pode ser muito, imagine três... Esse é o caso de Yrio Azevedo, de 37 anos, que teve motocicletas a vida toda. "Aos 30, já casado, comprei uma segunda moto e minha esposa não conseguiu entender por que eu precisava de duas. Quando adquiri a terceira, foi quase separação", diz o industrial. "Não é medo de acidente, nem pelo gasto que representam. Minha esposa não se conforma com a necessidade de eu ter mais de uma. Deixei de contar cada vez que compro outra", afirma.

Azevedo teve namoros com XL 125, NX 200, XLX 250 e 350. Ainda na fase trilheira, seu coração pendeu para a Yamaha. Ficou um tempo com uma XT 600. Mais tarde, comprou uma Yamaha V-Max, com a qual teve um longo relacionamento, de dez anos. Mas, como coração de motoqueiro é quase sempre pendular, Azevedo começou a se enrabichar com as italianas. Primeiro foi uma Ducati Monster S4RS, depois uma 1198S. Ele também aprendeu a apreciar a Bimota. Hoje tem dez motocicletas. Algumas ficam hospedadas na Perfect Motors, loja onde encontrou pela primeira vez suas "amantes".

O proprietário da loja, Carlos Henrique Ludman, compartilha as histórias com o amigo e cliente Azevedo porque já viveu situação parecida: "Algum tempo atrás, comprei uma moto de competição e também não falei nada em casa. Guardava aqui no trabalho", diz. Ludman, porém, cometeu um erro inadmissível. Como quem se deixa fotografar ao lado da amante, ele colocou na internet uma imagem em que aparecia com a moto. "Minha mulher acabou descobrindo seis meses depois, por causa da foto no Facebook."

É, compreensão não é mesmo o forte de algumas esposas. Por causa disso, o proprietário de uma loja de motos antigas da cidade de São Paulo acabou se tornando cúmplice e acobertando o caso de um cliente: "Ele comprou uma clássica, mas não quer contar para a esposa de jeito nenhum. Por isso a deixa aqui, mas vem de vez em quando pegá-la para dar umas voltas", afirma José Peloso Filho, o Zezé, da Recar.

A falta de opções tem feito com que muitos paulistanos utilizem estabelecimentos do tipo guarda-tudo, em que pessoas e empresas podem alugar boxes. Uma dessas companhias, a Guarde Aqui, tem boxes de diferentes tamanhos - e é possível usar um deles para colocar uma moto. Um espaço de 1,5 por 2 metros sai por 389 reais mensais. O de 1,5 por 3 metros vai a 509 reais pelo mesmo período.

Para a maioria, não será uma solução prática, já que para prevenir acidentes é obrigatório esvaziar o tanque de combustível. O horário de fins de semana e feriados também não é favorável (sábados das 8h às 16h e domingos e feriados das 9h às 14h).

Já o lojista mineiro Carlos Mourão viu nos corações partidos uma fonte de renda para seu estabelecimento, a Feijão Motos. "Uns deixavam as motos na oficina e viajavam. Outros largavam aqui, com a desculpa de uma reforma em casa... Daí veio a ideia da guarda de motos", afirma o comerciante, que resolveu ampliar essa espécie de garçonnière coletiva: "Já estamos fazendo um novo galpão de 400 metros quadrados", diz. Ah, os amores ocultos...

Mourão recorda que motos paradas exigem atenção: "Precisam ser ligadas com alguma frequência. Aqui, cada uma tem uma ficha, em que consta o dia que teve o motor ligado pela última vez, e por quanto tempo", diz ele. "O combustível é à parte, por conta do cliente." O local é protegido por uma apólice de seguro. Dependendo do modelo e tamanho, Mourão cobra entre 150 e 300 reais por mês. "Tem cliente que exige mais espaço entre as outras motos, e paga mais por isso."

Nesse "métier" em que o segredo e a discrição são os maiores aliados, muitos não se contentam em ir buscar sua "amada" em um acanhado quarto-e-sala, mesmo quando merecem mesmo a suíte presidencial.

por Mário Curcio (Quatro Rodas)

Tendência: compactas


Quem se lembra dos gigantescos e reluzentes carrões americanos do século passado, carinhosamente batizados de "lanchas", que faziam a alegria de uma legião de fanáticos por carros? Esses mamutes beberrões, apesar de toda sua imponência, entraram em extinção logo nas primeiras crises do petróleo, ainda nos anos 70. O preço dos combustíveis, associado à preocupação com o meio ambiente e à vulnerabilidade das matrizes energéticas, conspira para que os veículos - incluindo as motos - se tornem mais compactos, econômicos e funcionais.

Os mais recentes e impactantes lançamentos motociclísticos, como a Honda Crossrunner 800 e a Triumph Tiger 800, são exemplos de que a tendência de um menor volume contendo mais emoção também é a tônica no mercado mundial de duas rodas para os próximos anos. Motos cada vez mais compactas e com propulsores que raramente ultrapassam 800 cc passaram a ser as grandes vedetes.

A crise econômica, que ainda agride fortemente Europa, América do Norte e parte da Ásia, em especial o Japão, tem impulsionado o desenvolvimento de modelos menores, econômicos, versáteis e que cheguem às mãos dos consumidores por preços sempre mais baixos.

Na outra ponta estão os mercados emergentes, meninas dos olhos de todos os fabricantes, em especial China, Índia e Brasil, onde as vendas crescem com enorme rapidez e que, por tradição e razões econômicas, mantinham o alicerce do consumo inteiramente em motocicletas de baixa cilindrada (no Brasil, 92% das motos vendidas em 2010 tinham até 250 cc).

Se é verdade que a crise econômica tem provocado uma curva decrescente nas vendas e nos preços das motos vendidas nos países mais desenvolvidos, no bloco dos emergentes não são apenas as vendas que crescem: os modelos vendidos hoje são cada vez melhores e mais potentes. Afinal, quem acha os 92% citados acima um percentual muito elevado, pode voltar cinco anos no tempo (2005) e conferir que, naquele ano, 98,3% das motos vendidas no Brasil tinham até 250 cc, segundo dados da Abraciclo, a associação das empresas do setor.

O Brasil já se prepara para receber a FZ8, compacta e eficiente street da Yamaha, com 779 cc distribuídos em um belo corpinho de pouco mais de 200 kg. Enquanto isso, o Salão de Milão, realizado no fim de 2010, deu o tom de que as grandes estrelas em 2011 serão as motos de média cilindrada, que agora se colocam num patamar superior - e beiram as 800 cc.

PONTO OITO 
A gigante Honda colocou a maior parte de suas fichas na Crossrunner 800, uma moto urbana que mistura características de uma naked e de uma fora de estrada. Ela atende a essa nova perspectiva de uma moto multiuso, compacta, que raramente verá a cor da terra e que, portanto, apesar de utilizar bengalas invertidas na suspensão dianteira, não precisa nem de longo curso na suspensão (108 mm na dianteira e 119 na traseira) nem de pneus off-road. A Crossrunner é empurrada por um V4 a 90 graus, de 782 cc, com 102 cv de potência, 16 válvulas e refrigeração líquida. Na verdade, a base desse motor já vinha servindo a outro modelo da marca que também se encaixa nessa tendência, a VFR 800, uma carenada street que se aventura muito bem pelas longas estradas.

Outro lançamento que causou frisson em Milão foi a Triumph Tiger 800, apresentada em duas versões, com aro dianteiro de 19 e 21 polegadas, além de pequenas alterações estéticas e de geometria. Os projetistas ingleses beberam nas mesmas fontes e pesquisas dos japoneses da Honda e lançaram um modelo compacto e ágil, com várias das virtudes de uma fora de estrada, como a robustez e a confortável posição de pilotagem, mas sem abrir mão da segurança de duplos discos dianteiros e disco simples traseiro (com opção ABS), garfos invertidos Showa, além de alguns quesitos fundamentais para longas viagens, como parabrisa e tanque com capacidade para 19 litros de combustível. A Tiger 800, assim como a Crossrunner, utilizou em seu desenvolvimento um produto já consagrado da marca, a Street Triple 675, que ofereceu tanto a base para o desenvolvimento do chassi multitubular (obviamente com geometrias alteradas) como o motor tricilíndrico em linha, DOHC de 12 válvulas e refrigeração líquida, que passou a ter 779 cc e 95 cv de potência.

Na verdade, quem deu o primeiro passo para ocupar essa fatia de mercado foi a alemã BMW, que já tem uma ampla gama de produtos nessa faixa intermediária: F 650 GS, F 800 GS, G 650 GS e F 800 R. Hoje a marca alemã vem colhendo os louros do pioneirismo e, calcada em uma linha com opções bem mais acessíveis, comemora um expressivo crescimento no território nacional. O Brasil, que há dois anos era o 12º mercado mundial da marca, atualmente dá um salto para se posicionar como o sétimo país que mais vende motos BMW, superando potências econômicas como a Espanha e Japão.

É claro que os extremos sempre existem, e seguirão existindo, mas hoje até mesmo motos como a BMW K 1600 GT e seu gigantesco propulsor de seis cilindros em linha, que sozinho pesa 102,6 kg (o peso total da GT é 319 kg) e alcança 160 cv de potência, são tão compactas que pesam apenas 60 kg a mais do que uma Honda CB 750 SC de 1982 - que não chegava a 67 cv de potência. Acha essa uma evolução pequena? Então confira os números da Aprilia Tuono V4R, uma naked ao melhor estilo café racer, também lançada em Milão e desenvolvida para o uso urbano. Ela tem seus bem distribuídos 179 kg empurrados por um motor derivado daquele da RSV4 (campeã mundial de Superbike em 2010), com 162 cv de potência. Melhorou?

por Marcelo Brettas (Quatro Rodas)

Índia é o país com maior aceitação de carros elétricos


Com mais de 3 milhões de carros elétricos e híbridos circulando no mundo, os carros verdes são cada vez mais aceitos pelos consumidores. Pelo menos é o que indica uma pesquisa inédita promovida pela TÜV Rheinland, empresa certificadora presente em 70 países.

O estudo, que foi apresentado no 64º Salão de Frankfurt, na Alemanha, apontou que 92% dos indianos, 88% dos chineses e 85% dos italianos afirmaram que estão dispostos a comprar um carro movido a eletricidade nos próximos cinco anos. A disposição é um pouco menor entre os alemães e os norte-americanos: 57%.

Segundo o vice-presidente executivo da mobilidade da TÜV Rheinland, Thomas Aubel, os resultados mostram uma mudança importante na composição da frota mundial nos próximos anos.

A pesquisa entrevistou condutores de 12 países, na Europa, Ásia e América do Norte. Na maioria deles, o principal incentivo para compra de um carro elétrico é o corte de custos. Somente na Alemanha as questões ambientais são prioritárias, enquanto na Itália, Índia e China os aspectos ambientais e fatores financeiros são equivalentes em prioridade.

Os motoristas brasileiros não entraram no estudo, mas, segundo projeções da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), em dez anos o país deve se tornar representativo na eletromobilidade. “Em 2021, cerca de 30% dos novos carros vendidos aqui serão elétricos ou híbridos”, afirma Jayme Buarque de Hollanda, presidente do conselho da ABVE.

Quando se questionou que fabricante mais se associava à eletromobilidade, a Toyota levou o primeiro lugar fácil. A maioria dos entrevistados escolheria carros elétricos da Toyota: 34%. Isso é o dobro da segunda colocada, a Honda (17,2%). Depois vinham Volkswagen, Nissan, Ford, Renault e Peugeot.

Em relação ao desenvolvimento e investimento na eletromobilidade, o Japão (53%) e a Alemanha (42%) são na opinião dos pesquisados os países mais comprometidos com a tecnologia.

Os consumidores mais dispostos a comprar um elétrico nos próximos cinco anos:

1º Indianos: 92%
2º Chineses: 88%
3º Italianos: 85%
4º Alemães: 57%
5º Americanos: 57%

por Isadora Carvalho (Quatro Rodas)

JAC Motors oficializa fábrica na Bahia com novo carro

Planta da futura fábrica da JAC Motors em Camaçari, Bahia

Camaçari receberá unidade que produzira modelos de até R$ 40 mil

Mais uma vez, o estado da Bahia volta a ser o centro das atenções automotivas: o Polo Industrial de Camaçari, onde também está a Ford, foi escolhido para abrigar uma nova fábrica de automóveis. Com o investimento de R$ 900 milhões, a JAC Motors, marca de origem chinesa trazida ao País por iniciativa do empresário Sérgio Habib, terá sua nova planta (de 150 mil metros quadrados) instalada em uma área de cinco milhões de metros quadrados. A construção da unidade, que terá 80% de seu custo financiado pelo Grupo SHC e os 20% restantes investidos pela matriz, terá início no ano que vem.


“É um marco importante para a indústria automobilística brasileira, pois será a primeira montadora de automóveis de grande volume do Brasil, que produzirá modelos abaixo de R$ 40 mil, com controle totalmente nacional”, comenta Habib, acionista do Grupo SHC e presidente da JAC Motors Brasil. Segundo o empresário, a fábrica iniciará suas atividades em 2014 com capacidade para produzir 100 mil unidades por ano, em dois turnos. Além disso, a empreitada deverá criar 13,5 mil novos empregos – sendo 3,5 mil diretos.


Novo carro


O modelo que será produzido no país está sendo projetado no centro de desenho que a JAC Motors possui em Turim, na Itália. O veículo será oferecido nas versões hatch e sedan, com opções de motores 1.4 VVT, do J3, e 1.5, ambos flex. “Faremos um carro novo, estamos prevendo que os primeiros modelos sairão da linha de produção em março de 2014”.


Durante a coletiva de imprensa, Habib comentou que está trabalhando nesse projeto há cerca de um ano. A escolha por Camaçari, segundo o empresário, não se deu apenas por conta de incentivos. “Temos uma casa em Trancoso, no sul da Bahia, onde o Instituto SHC atua com projetos para dar assistência a crianças carentes. Nossa ligação com o estado é, antes de tudo, afetiva, o que pesou na escolha por Camaçari”. O empresário aproveitou o evento para apresentar uma orquestra formada por crianças ligadas ao instituto.


Também feliz pela escolha da cidade baiana, o governador Jacques Wagner festejou o anúncio do novo empreendimento. “A fábrica vai trazer uma nova marca para a Bahia, e também a energia e o vigor do Sérgio, a quem conheço há pouco tempo. Tivemos uma conversa muito franca há alguns meses e dali em diante as negociações começaram a caminhar”. Wagner classificou o anúncio como um presente. “Estamos trabalhando para atrair mais empresas, para consolidar o polo automotivo no estado e a chegada da JAC Motors, além da Ford, é muito importante para o desenvolvimento local. Será um sucesso aqui e em todo o país”, comentou o governador. 

Sergio Habib, presidente da JAC Motors Brasil, assina documento que oficializa instalação da fábrica

O diretor geral da Jac Motors, She Cairong, também demonstrou otimismo com a instalação da unidade no país. “Em menos de um ano, conseguimos conquistar 1% do mercado, graças a vocês. Somos muito gratos. O Brasil é reconhecido mundialmente por fazer parte do BRIC, por sua economia crescer com velocidade. E a Bahia é uma das maiores potências do país”. No estado, a marca já possui 2% do mercado.

Cairong lembrou que a China já é o maior parceiro do Brasil em investimentos e obsevou que o Grupo SHC, maior distribuidor de automóveis do Brasil, gera muita confiabilidade para a matriz, que tem mais de 40 anos de história produzindo ônibus, automóveis, SUVs e utilitários. “Na China, vamos produzir e vender mais de 500 mil unidades de veículos, exportando 66 mil unidades desse total. E estamos muito contentes com as conquistas da JAC Motors no Brasil. É uma emoção única ver os brasileiros dirigindo nossos carros. Esse sucesso prova que a parceria terá longa história, que proporcionará empregos para os brasileiros. A JAC Motors será brasileira e temos muito orgulho disso”.

Escolha e mercado

Responsável pela chegada da marca Citroën no País e pela importação de modelos sofisticados, como os Aston Martin, o Grupo SHC já conta com mais de 90 revendas, mais de cinco mil colaboradores e estima encerrar o ano com mais de 70 mil carros vendidos – considerando todas as marcas que representa. Com um faro apurado para negócios, Sérgio Habib, premiado por Auto Esporte como Empresário do Ano, disse que escolheu trabalhar com a JAC Motors por ser uma empresa muito aberta ao exterior.

“Eles possuem um centro de desenvolvimento e pesquisa em Turim, o que nenhuma outra marca chinesa tem. Além disso, a montadora conta com um centro de estilo em Tóquio, onde o interior dos carros é desenvolvido. As fábricas da JAC são muito modernas, robotizadas, e seus produtos estão adaptados ao gosto do consumidor brasileiro. São carros confiáveis. Rodamos dois milhões de quilômetros com o J3 na fase de testes”.

O empresário acredita que há espaço para todas as marcas, ainda mais com a previsão de continuidade do crescimento do mercado nacional para os próximos anos. “Em oito anos, nosso mercado era menor que o espanhol. Hoje ele é maior que o alemão. Somos o quarto mercado do mundo. Cinco milhões de pessoas que andavam a pé no país estão comprando carros. Em Salvador, o mercado triplicou de 1998 até os dias de hoje”.

Atento a essa tendência, Habib lembrou que as vendas de veículos no nordeste ainda tem muito a crescer porque a renda dos trabalhadores locais ainda é baixa. “O mercado de São Paulo é de 34 mil carros por mês. Lá existe um carro para cada dois habitantes. Não cresce mais. Seu peso era de 21% do mercado em 1998, mas hoje é de apenas 11%.” Segundo Habib, isso ocorre justamente porque as outras regiões do país estão crescendo muito. “Salvador, com um mercado de 6,5 mil carros mês, representa metade do que é vendido em toda a Colômbia. E vai continuar crescendo. O mercado da cidade saltará para 14 mil carros ao mês nos próximos anos”.

Para abocanhar uma boa fatia desse percentual, o empresário pretende ter uma fábrica completa. Para isso, a produção local também ganhará o reforço de outras áreas importantes, como um centro de desenvolvimento de novas tecnologias, centro de estilo e design (que poderá contar com 50 profissionais), laboratórios de acústica e controle de emissão de poluentes, pista de testes e centro de capacitação profissional, além das tradicionais etapas de produção, como armação de carrocerias, soldagem, pintura e montagem final. As fases de estamparia de componentes e produção de motores estão previstas para começar a operar nos próximos anos. 

por Igor Thomaz (Auto Esporte)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Quanto custa ter e manter um carro


Ouvir que o impacto de um carro no bolso se assemelha ao peso de um filho no orçamento é comum - e não deixa de fazer sentido. Afinal de contas, os gastos que serão feitos com o automóvel serão regulares e irão muito além do desembolso para por o veículo na garagem.

O educador financeiro Renaldo Domingos, do Instituto DSOP, alerta, contudo, que nem todo mundo considera o dispêndio com impostos, manutenção e até eventuais multas antes de comprar um carro. O resultado, escreve ele no livro "Livre-se das dívidas", é o que o veículo pode se tornar "uma prisão financeira disfarçada de liberdade".

Pelos cálculos de Domingos, de 3% a 4% do valor do carro serão gastos todos os meses pelo motorista. O percentual inclui IPVA, seguro, DPVAT, inspeção veicular, gasolina, revisão, estacionamento e também a depreciação natural do veículo - ao cruzar os portões da concessionária o carro já perde cerca de 10% do seu valor.

No frigir dos ovos, um carro popular de 25.000 reais terá um impacto mensal médio de 875 reais nas contas de seu proprietário, ou 10.500 reais por ano.

Na visão do educador financeiro, é muito comum que os consumidores comprem o primeiro carro financiado, em geral por um valor próximo a 25.000 reais. Mas quem dividir a conta em até 60 meses, terminará este período tendo pago 42.000 reais pelo automóvel, em prestações mensais de 700 reais.

"Sempre haverá quem defenda que esté é um bom negócio", escreve Domingos. "O problema é que, cego de desejo, você não pensa duas vezes: compra e, depois, só depois, percebe concretamente as consequências da decisão tomada." Para ele, quem avalia apenas se a parcela do financiamento cabe no bolso e subestimando todo o resto, corre um sério risco de perder o controle das finanças. "Equivocadamente, algumas pessoas acreditam que o carro é um bem de investimento, quando, na verdade, ele não passa de um bem de consumo, cuja aquisição mal planejada pode correr as bases do orçamento."

Ele lembra que carros mais potentes e luxuosos implicam maior consumo de combustível e gastos também maiores com seguros e peças. "Ao tomar a decisão de comprar um modelo mais sofisticado, é preciso ter certeza que será possível arcar com os custos adicionais acarretados pela aquisição", finaliza Domingos.

Confira, abaixo, a representatividade dos gastos: 
Gastos Mensal    Anual
IPVA 52,08    624,96
DPVAT 8,42    101,04
Licenciamento 2,58    30,96
Seguro (7%) 145,83    1.749,96
Combustível 300,00    3.600,00
Manutenção trimestral (óleos e filtros) 10,67    128,04
Pneus (troca a cada 30.000 km) 17,25    207,00
Lavagem 60,00    720,00
Estacionamento 60,00    720,00
Multa de trânsito 10,00    120,00
Depreciação (10% anual) 208,33    2.499,96
TOTAL 875,16    10.501,92
Fonte: Instituto DSOP de Educação Financeira

por Marcela Ayres (Quatro Rodas)

Check list antes da compra


Antes de fechar uma compra, verifique dez itens que podem fazer toda a diferença entre um bom negócio e uma canoa furada

Ao comprar um usado, você checa motor, câmbio, suspensão e lataria. Mas pensou em dar uma olhada nos pneus? Ah, não tem problema porque depois você manda trocá-los junto com o óleo e os filtros, né? Calma lá. Sabia que num automóvel comum eles podem representar 1 000 reais a mais no valor final? Numa picape ou importado, passa fácil dos 2 000 reais. No caso de descobrir um defeito no airbag, o reparo pode atingir níveis estratosféricos. Antes de fechar seu próximo negócio, aprenda a checar o que ninguém lembra na hora da compra.

PNEUS

Muitas pessoas adquirem um automóvel sem prestar atenção no custo de reposição dos pneus. Em veículos populares os quatro pneus custam em média 600 reais. Num sedã médio, passam dos 1 000, mas em alguns importados um único pneu pode custar até o dobro dessa quantia. Verifique também se o carro conta com macaco, chave de roda e estepe: em alguns casos eles estão ausentes, pelo fato de o carro estar equipado com pneus do tipo run-flat, caso dos BMW.

AR-CONDICIONADO

Ele já é um equipamento relativamente popular, mas poucos sabem que ele precisa ser acionado regularmente para evitar que alguns de seus componentes estraguem por falta de uso. O mais caro deles é o compressor, cujo preço costuma variar de 900 a 4 000 reais. Também pode ocorrer o vazamento do evaporador, situação em que o custo de mão de obra para desmontar o painel (em torno de 1 000 reais) é praticamente o dobro do valor da peça. Se o problema for só a falta de gás refrigerante, não é sério, pois sai por menos de 150 reais. Também vale a pena conferir o funcionamento dos botões e do display, no caso de ar-condicionado digital.

AIRBAG

Muitos veículos batidos retornam às ruas mesmo depois que tiveram sua perda total declarada pela inviabilidade econômica da reposição dos airbags e dos pré-tensionadores dos cintos de segurança. Quando há um problema nos módulos, sensores ou dispositivos pirotécnicos, uma luz de acende no painel para indicar a avaria. Mas comerciantes inescrupulosos simplesmente a desligam. Na maioria dos casos, a seguradora nem aceita a cobertura de veículos nesse estado. O truque é verificar se a luz do sistema acende e apaga logo após virar a chave no contato. Se isso não ocorrer, caia fora. Ou leve-o a uma concessionária para verificar se todo o sistema está em ordem, pois o custo total de reposição pode ultrapassar os 20 000 reais, se depois tiver de instalar airbags novos.

TRAÇÃO 4X4

Na maioria dos utilitários esportivos modernos, a tração 4x4 depende do bom estado da corrente de transmissão localizada no interior da caixa de transferência. Ela costuma ser danificada por falta de lubrificação ou por uso incorreto. É mais fácil identificar uma corrente gasta em veículos com sistema de tração permanente, pois ela escapa com facilidade, gerando trancos na condução do veículo. O reparo gira em torno de 2 500 a 3 000 reais, incluindo a mão de obra.

FREIOS ABS

A melhor maneira de verificar seu funcionamento ainda é simular uma frenagem de emergência. Nessa hora, o motorista deve sentir o pedal de freio pulsando acompanhado de um ruído característico. Avarias também são identificadas por uma luz no painel, outra vítima dos comerciantes inescrupulosos. Um módulo eletro-hidráulico pode muitas vezes superar os 3000 reais, ao passo que cada sensor de roda custa em média 400 reais.

CÂMBIO AUTOMÁTICO

Em geral ele é muito confiável, mas não está livre de apresentar problemas. Um teste simples é movimentar a alavanca entre as posições N e D com o motor ainda frio: a alavanca deve ter curso livre e suave, e o câmbio deve carregar e começar a movimentar o carro sem o auxílio do acelerador (o chamado creeping) em no máximo 1 segundo. Em movimento, não deve haver trancos nas mudanças nem patinagem excessiva, especialmente em aclives. Uma revisão completa com substituição de componentes custa de 4 500 a 6 000 reais.

CENTRAL MULTIMÍDIA

Vale o mesmo cuidado em relação ao display do ar-condicionado digital, principalmente no caso de telas sensíveis ao toque, que exigem mão de obra especializada. Em muitos casos a exposição a vibrações, variações de temperatura e umidade acabam por abreviar a vida útil desses componentes, resultando em um computador de bordo ou aparelho de som inoperante. Muitas vezes é preciso trocar toda a central multimídia, reparo que pode chegar a 3 000 reais.

BANCOS COM ACIONAMENTO ELÉTRICO

Verifique se todos os comandos funcionam e se não está faltando nenhum botão de acionamento. Trata-se de um componente muito difícil de ser encontrado no mercado. Um servo elétrico queimado custa em torno de 1 400 reais, fora a mão de obra.

TETO SOLAR

Outro item fácil de ser verificado, ele deve operar suavemente, sem trancos ou engasgos. Rangidos e estalos indicam mecanismo danificado ou com lubrificação deficiente, exigindo os cuidados de um especialista. Ferrugem na chapa ou nos mecanismos é um claro indício de falha na vedação e/ou mau uso. O reparo do teto solar raramente custa menos de 1000 reais, podendo alcançar o dobro ou o triplo desse valor, dependendo das avarias.

BORRACHAS DE VEDAÇÃO

Dois sintomas de falha na vedação são o barulho de vento entrando pelas portas quando se trafega acima dos 80 km/h ou a infiltração de água mesmo em dias de garoa leve. Além do aborrecimento, a borracha de vedação original de uma única porta custa em torno de 100 reais para um automóvel popular, valor que pode chegar a mais de 500 reais em um importado. Vale ressaltar que é bom prestar atenção especial na vedação do teto solar.

por Felipe Bitu (Quatro Rodas)

Volkswagen Gol chega a 1 milhão de unidades exportadas


México e Argentina são os principais mercados do hatch

O Volkswagen Gol chegou a 1 milhão de unidades exportadas e é o modelo produzido no Brasil mais vendido para o mercado do exterior.

Projetado e desenvolvido no país, o Gol é fabricado há 31 anos e está em sua quinta geração. Atualmente, o hatchback é produzido nas plantas de São Bernardo do Campo e Taubaté, ambas em São Paulo.

“O sucesso do Gol no exterior comprova a enorme aceitação e a excelente reputação do modelo junto a clientes dos mais variados mercados", disse o gerente de vendas exportação da Volkswagen do Brasil, Claudio Jafet Patti.

O modelo já foi comercializado em 66 países. Hoje, os mercados mexicano e argentino são os principais importadores do Gol e correspondem por 44% e 41% das exportações, respectivamente. Na Argentina, assim como no Brasil, o Gol G4 ainda é vendido.

por Bruno Roberti (Quatro Rodas)

Valor do IPVA vai recuar em 2012


Depreciação dos veículos usados nos últimos meses terá impacto no IPVA que será pago para licenciá-los no início do próximo ano

O IPVA que será pago pelos motoristas brasileiros no próximo ano deverá cair, mas isso não é necessariamente uma boa notícia. Com um mercado automotivo bastante competitivo, com a concorrência chinesa e com o barateamento de equipamentos como freio ABS e airbarg, os preços dos veículos usados têm se depreciado bastante nos últimos meses. Como o IPVA corresponde a um percentual do valor desses bens, há um impacto positivo que leva à redução do imposto, ainda que, na soma geral, o resultado seja negativo para o proprietário do veículo.

As secretarias de Fazenda dos estados brasileiros costumam divulgar nos meses de novembro a tabela com os valores sobre os quais vai incidir o imposto. A data da divulgação e as alíquotas variam de acordo com o estado. Em São Paulo, a pesquisa de preços é feita pela Fipe. As alíquotas são de 4% para veículos a gasolina, 3% para álcool e gás e 2% para motos.

De acordo com Vitor Meizikas Filho, analista da Molicar, uma empresa de pesquisa de preços de veículos, a depreciação média no Brasil gira em torno de 8% do valor do automóvel ao ano. Mas algumas marcas e modelos podem registrar uma perda de valor de até 24% em um único ano.

Em geral, carros 0 km são os que mais costumam perder valor. Veículos difíceis de revender e importados também sofrem uma depreciação importante. Já os populares conseguem ser revendidos com mais facilidade e acabam perdendo menos valor com o tempo.

por João Sandrini (Exame.com)

‘Efeito IPI’ derruba emplacamentos de importados em outubro


Anúncio da nova taxa afetou marcas de veículos feitos fora do país

A Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) registrou queda nos emplacamentos de veículos em outubro. No geral, os resultados tiveram baixa de 41,2% em outubro, sendo que apenas duas das 27 filiadas registraram crescimento em seus emplacamentos. Foram 13.264 unidades comercializadas em outubro, ante 22.569 veículos no mês anterior.

O presidente da associação, José Luiz Gandini, atribuiu a queda nos números ao anúncio do aumento de 30% na taxa do IPI cobrada sobre veículos importados.

“Obviamente o consumidor brasileiro se retraiu. No primeiro momento, após anúncio do decreto, houve uma corrida às concessionárias de importadoras. Mas logo no início de outubro o setor sentiu um duro golpe. Embora estejamos satisfeitos com o Supremo Tribunal Federal, ao suspender a aplicabilidade imediata do Decreto 7.567, depois de 45 dias, as nossas associadas não tiveram tempo de se programar”, afirmou Gandini.

Entretanto, o resultado de emplacamentos no período acumulado – entre janeiro e outubro deste ano –, a associação contabiliza mais de 165 mil unidades, volume 98,3% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Com os resultados de outubro e do acumulado, as associadas da Abeiva passaram a responder por 5,03% e 5,92% do mercado interno brasileiro, respectivamente.

A Abeiva afirma que a tendência para os meses de novembro e dezembro é que os emplacamentos retornem à média mensal de 2011. Quando perguntado sobre a restituição do valor extra pago pelos clientes que compraram veículos já com o novo IPI, a associação garantiu que não há motivo para preocupação.

“Todos os associados da Abeiva foram afetados, sem exceção. No entanto, os poucos carros faturados já estavam encomendados e foram faturados com o imposto do mês de outubro. Mesmo que haja qualquer tipo de dificuldade (na restituição dos valores), as marcas vão se comprometer a restituir o imposto e depois brigar pela devolução do valor. Ninguém vai perder clientes por conta disso”, declarou Paulo Sergio Kakinoff, vice-presidente da Abeiva e presidente da Audi do Brasil.

Quanto aos impactos que o novo IPI pode causar nas montadoras a partir de dezembro, a associação preferiu adotar uma postura cautelosa.

“A gente trabalha com as informações oficiais que temos até agora, ou seja, a partir de 15 de dezembro teremos a vigência do novo IPI. Nós sabemos que as marcas que pretendem produzir carros no Brasil possuem tratativas independentes com o governo, e isso já valia antes do novo IPI”, concluiu Kakinoff.

por Vitor Matsubara (Quatro Rodas)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ford cria abertura do porta-malas por sensor

Somente quem tem a chave é capaz de fazer o sistema funcionar. É necessário um movimento específico para acioná-lo

Sistema “hands-free lift gate” permite abrir porta somente com um movimento do pé

Você está voltando para o seu veículo totalmente carregado de coisas, impressionado com quantos livros, sacolas, bolsas, mochilas e todo o tipo de peso você consegue suportar com apenas dois braços. Tudo o que você mais quer é chegar ao carro e se livrar de tudo isso. Porém, quando finalmente para em frente ao seu carro, é atingido por uma realidade assustadora: a chave não está em suas mãos, mas perdida em algum universo paralelo dentro de seu bolso/bolsa. Como você fará para abrir o porta-malas?

Ao que tudo indica, o grande lançamento da Ford para o Salão de Los Angeles, o utilitário esportivo Novo Escape 2013, traz uma novidade que pretende acabar com essa história de terror: um comando de abertura do porta-malas por sensor de movimento. O chamado “hands-free lift gate” permite que qualquer pessoa, portando apenas a chave do carro no bolso, por exemplo, passe o pé por baixo do para-choque traseiro para abrir a porta do porta-malas. E basta repetir o gesto para fechar o compartimento.

Segundo a montadora, somente quem tem a chave é capaz de fazer o sistema funcionar e também é necessário um movimento específico da perna para acioná-lo. Isso evita, por exemplo, que um cachorro passando por baixo do para-choque abra a tampa enquanto o motorista está ao lado. Uma trava de segurança também impede a abertura quando o carro está em movimento.

Essa não é a primeira vez que a Ford procura bolar uma solução para problemas comuns de quem tem um carro. Em setembro, a montadora anunciou uma nova tecnologia que evita batidas nas portas e protege contra amassados em garagens e estacionamentos. 

por Redação (Auto Esporte)

Vendas de importados caem 41,2% em outubro

De acordo com a Abeiva, o Kia Soul foi o modelo importado mais vendido de outubro, com 1.203 unidades

Para Abeiva, indecisão sobre aumento de IPI foi principal motivo pelo mau desempenho

A Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores, mais conhecida como Abeiva, apresentou semana passada (09/10) à imprensa os números do setor de carros importados. Não é um panorama muito promissor, já que somente duas das 27 marcas associadas obtiveram taxa de crescimento na relação outubro/setembro (Aston Martin e Changan) e, no geral, as importadoras afiliadas encerraram um mês com queda de 41,2% no número de unidades emplacadas. Em comparação ao mesmo mês de 2010, no entanto, as vendas ainda significam superávit de 25,6%.

Apesar de não serem números animadores, não se pode dizer que sejam totalmente inesperados. As marcas associadas à Abeiva foram as mais afetadas com a decisão anunciada pelo Governo Federal de aumentar o IPI para veículos com menos de 65% de conteúdo nacional. Segundo Paulo Kakinoff, vice-presidente da associação e presidente da Audi, a performance de outubro é justificada justamente por conta das consequências do decreto do governo. Logo que a medida foi anunciada, em setembro, houve um pico nas vendas, já que os consumidores queriam aproveitar antes que os preços subissem. Já em outubro, o mercado teria ficado parado, esperando a decisão do Supremo Tribunal Federal.

“Embora estejamos satisfeitos com o STF, ao suspender a aplicabilidade imediata do Decreto 7.567, depois desses 45 dias, as nossas associadas não tiveram tempo de se programar”, avaliou em comunicado José Luiz Gandini, presidente da Abeiva e da Kia Motors. 

O Chery QQ ficou sem segundo lugar, com 1179 unidades vendidas


Falta de estoque

A questão que fica agora é: já que o STF decidiu que a norma só poderia entrar em vigor na segunda quinzena de dezembro, as marcas da Abeiva estariam preparadas para uma outra “corrida às concessionárias de importados”? Ao que tudo indica, não. Kakinoff defendeu que, mesmo variando de associada para associada, o tempo de trânsito dos importados é muito grande para que as matrizes consigam aumentar significamente os estoques até 15 de dezembro. “O ciclo de importação – pedido, confirmação do pedido, produção e período de transporte – é de no mínimo 90 dias. Assim, mesmo com a suspensão do IPI no dia 20 de outubro, o setor ficou impossibilitado de trazer mais unidades para o país”, explicou Gandini.

Durante a coletiva, quando perguntados sobre quem mais havia sido beneficiado pela medida governamental, Kakinoff preferiu dizer simplesmente que “os beneficiados não estão presentes nessa coletiva”, embora alguns dos representantes falassem “a Anfavea” ao fundo, referindo-se à Associação nacional de Fabricantes de Veículos Automotores. O vice-presidente também defendeu que nenhuma das marcas foi mais atingida. “Todos os associados foram prejudicados, de Chery à Ferrari ou Bentley”. E completou: “É realmente fácil fazer essa diferença entre beneficiados e prejudicados”. 

por Marina Jankauskas (Auto Esporte)

Faz mal estacionar com uma roda desnivelada?


Parar com uma roda sobre a calçada pode deformar componentes

Pela explicação de Edson Orikassa, gerente de engenharia da Toyota, é muito difícil que a carroceria venha a se deformar. Isso só tem chances de ocorrer em casos extremos, não da maneira citada pelo leitor. Por outro lado, o especialista comenta que essa prática pode afetar a durabilidade de componentes importantes.

“Quando o veículo fica muito tempo nessa posição, o pneu estacionado sobre a calçada tende a ficar ‘quadrado’, ou seja, a parte em contato com o piso, por receber mais carga, se deforma demais. Se isso ocorrer, o motorista fatalmente sentirá pequenos solavancos quando colocar o carro em movimento” , alerta.

Orikassa explica que o pneu tende a voltar ao normal com o uso, mas o mesmo não ocorre, por exemplo, com a mola da suspensão. Deformada por ficar muito tempo em posição inadequada, a peça perde eficiência. O mesmo pode ocorrer com o amortecedor ou com as buchas da suspensão.

Também submetidos a uma posição inadequada, os terminais esféricos da barra de direção tendem a durar menos do que poderiam, apresentando folga prematura. Apesar do monobloco suportar o esforço, melhor evitar estacionar o veículo dessa forma.

por Igor Thomaz (Auto Esporte)