sábado, 12 de março de 2011

A história dos motores movidos a Diesel


Muitos possuem uma ideia equivocada sobre os motores diesel e pensam que eles emitem mais poluentes que os movidos a gasolina/etanol. Ledo engano, apesar de serem mais robustos e utilizados em veículos pesados no Brasil, os motores de ciclo diesel emitem menos dióxido de carbono e são mais econômicos que os motores a gasolina com potência semelhante.

O projeto de um motor a Diesel foi lançado por Rudolf Diesel, em 1893 e, desde lá, houve uma grande evolução para redução de desvantagens, como o ruído e a aspereza de funcionamento.  No exterior, o motor a diesel equipa desde veículos básicos até os mais luxuosos. Já no Brasil, é proibido o uso dos motores diesel em veículos de passeio. Segundo as autoridades, a restrição aos motores a diesel para os carros de passeio está relacionada à grande demanda de consumo apresentada pelo setor de transporte de cargas. Como no Brasil a produção é escoada através das rodovias, todo o estoque de diesel é direcionado para este público.

Rudolf Diesel, engenheiro alemão, inovou ao produzir um propulsor que não cria centelha ao queimar o combustível. Sua dinâmica, denominada Ciclo Diesel, é caracterizada pela ignição por compressão, em que o combustível é injetado na câmara de combustão depois que o ar foi comprimido, levando o agente à autoignição. Desta forma, o motor Diesel tem alta taxa de compressão, aumentando sua eficiência.

O primeiro veículo equipado com motor Diesel foi o 260 D da Merdedes-Benz, muito utilizado pelos taxistas da época. Depois, diversas montadoras adotaram a tecnologia, como a Fiat em 1953 e a Peugeot em 1958.

Entre as principais evoluções estão a adoção do turbocompressor, em 1978 e da injeção direta, em 1986. Mas a injeção de duto único ou sistema Common Rail, em inglês, é a principal otimização. O Common Rail é um sistema de injeção de alta pressão, acima de 1.000 bars, que usa injetores do tipo piezoelétrico e gerenciamento eletrônico. 

Como já foi citado, o motor Diesel emite menos poluentes que o motor a gasolina com potência semelhante, mas contribui para o efeito estufa e o aquecimento global, através da liberação excessiva de óxidos de nitrogênio (NOx). O setor automotivo trabalha na criação de alternativas para neutralizar o problema.

O que a área de desenvolvimento busca também é associar as vantagens dos motores de ciclo Otto e Diesel, com a criação da tecnologia HCCI (Homogeneous Charge Compression Ignition). O intuito é tornar o motor de ciclo Otto mais eficiente e com gerenciamento eletrônico mais preciso, como ocorre nos motores Diesel.

Em breve, as novas tecnologias estarão no mercado. Em 2007, no Salão de Frankfurt, a Merdedes-Benz apresentou o carro-conceito F700, equipado com o motor Diesotto, uma clara mescla dos dois tipos de ciclos. O Diesotto possui dois tubos sequenciais e é associado a um motor elétrico, chegando à potência de 261 cv com 1,8 litros de cilindrada.

É aguardar e ver o que os projetistas reservam para o futuro dos Motores Diesel!
 
por redação Mecânico (www.mecanico.com.br)

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