domingo, 6 de março de 2011

O que significam as siglas das embalagens dos óleos lubrificantes?


De acordo com o fabricante Castrol, as siglas SAE ( Society of Automotive Engineer, ou Sociedade dos Engenheiros Automotivos) e API (American Petroleum Institute, ou Instituto Americano de Petróleo), classificam as características de viscosidade e desempenho dos lubrificantes.

A SAE criou uma classificação de viscosidade, propriedade que varia com a temperatura. Dessa forma, os óleos lubrificantes ficam, em princípio, divididos em dois grupos: os de “inverno”, que têm a viscosidade medida a baixas temperaturas e são identificados pela letra W (de winter, inverno na língua inglesa) e os de “verão”, cuja viscosidade é medida a 100° C.

Nos dois grupos, quanto maior é o grau mais viscoso é o óleo. Assim, um óleo SAE 40 é mais viscoso que um SAE 30 e um SAE 20W é mais viscoso que um SAE 10W. Esta classificação é importante para que se identifique os lubrificantes que possibilitem uma fácil e rápida movimentação, tanto do mecanismo quanto do próprio óleo, mesmo em condições de frio rigoroso (óleos de inverno); e aqueles que trabalhem em altas temperaturas, sem prejudicar a lubrificação (óleos de verão), pois quanto mais quente está o fluído menos viscoso ele se apresenta.

Segundo a Castrol, o consumidor deve estar atento a outro ponto: existem óleos que atendem a essas duas exigências ao mesmo tempo. São os multiviscosos, cujo código SAE reúne graus de óleos de inverno e de verão. Um óleo SAE 20W/50, por exemplo, mantém a viscosidade adequada tanto em baixas temperaturas, facilitando a partida a frio, quanto nas altas.

Já a API criou uma classificação quanto ao nível de desempenho do lubrificante, baseado nos graus de severidade das condições de trabalhos existentes. Para atender a estas diferentes condições, os lubrificantes são formulados com diferentes tipos e/ou quantidades de aditivos.
 
Segundo a empresa, o código API se divide em duas categorias para óleos de motor. Uma começa pela letra S e vale para motores a gasolina e a álcool. A outra começa com a letra C e serve aos motores a diesel. Uma segunda letra, que se junta ao S ou ao C, obedecendo a ordem alfabética, indica o tipo de serviço que o motor é capaz de executar.

Para os motores do ciclo Otto temos especificações de SA a SM – vale lembrar que os óleos de SA a SD não são mais oferecidos no mercado por conta de sua tecnologia ultrapassada. O mais moderno deles, o SM, foi lançado em 2004 para oferecer, principalmente, características de resistência à oxidação e proteção contra depósitos.

Para motores a diesel, os lubrificantes são classificados de CA a CF, CF-4, CG-4, CH-4, CI-4 e CJ-4 – CA e CB também estão fora do mercado. Introduzida em 2002, a especificação CI-4 prescreve desempenho especialmente efetivo na proteção do motor com sistemas de pós-tratamento da exaustão, que demandam ainda mais do lubrificante. Além de conhecer estas especificações, lembre-se que é importante verificar que tipo de lubrificante é recomendado pelo manual do proprietário para garantir a durabilidade do motor do seu veículo.

por Igor Thomaz (Revista Auto Esporte)

Nenhum comentário:

Postar um comentário