Novo Lifan 320, apresentado no Salão de Pequim deste ano |
Grupo Effa perderá controle da marca chinesa no país a partir do segundo semestre
A Lifan está prestes a romper a parceria com o grupo
Effa, do empresário uruguaio Eduardo Effa. Uma fonte que pediu
anonimato disse que no decorrer do segundo semestre os chineses deverão
assumir o controle da marca, não apenas no país, mas também a linha de
produção no Uruguai.
Com isso, a Effa continuaria representando marcas
como a Hafei, mas não mais venderia os modelos da Lifan (320 e 620).
A
chegada dos chineses é tida como um movimento natural, e semelhante ao
que ocorreu com outras marcas. Antes de se implantar aqui, empresas como
a Renault, BMW e Audi
procuraram sócios locais. A Renault iniciou operações em parceria com o
grupo Caoa, no início dos anos 90. A BMW foi trazida pelo grupo Regino,
enquanto a Audi foi importada por Ayrton Senna.
A transição às vezes é
consensual, mas quando não há acordo pode chegar à justiça. Foi o caso
da Renault, que não conseguiu chegar a um entendimento com o grupo Caoa e
a questão foi parar na Justiça. Com a Audi, as negociações foram
pacíficas e a família Senna saiu do negócio, após chegarem a um acordo
com relação ao valor da indenização. É o que deve ocorrer também no caso
da Effa-Lifan.
No acumulado de vendas deste ano, até
maio, a Lifan aparece na 20ª colocação do ranking, com 856 unidades, e
0,09%. A fonte diz que, com a chegada dos chineses, as operações da
marca devem melhorar.
por Hairton Ponciano Voz (Auto Esporte)
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