Um estudo sobre medidas governamentais de curto prazo para a recuperação econômica do ramo de autopeças foi entregue pelo Sindipeças para representantes do governo. Entre os dirigentes que receberam o apelo está o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel.
Nos últimos anos, o segmento vem enfrentando perda de competitividade. O saldo da balança comercial nacional no setor passou de superavitária, em cerca de US$ 2 bilhões, em 2006, para deficitária em US$ 3,5 bilhões no ano passado. “Somos um paciente com pneumonia dupla em estado não terminal”, compara Flávio Del Soldato, conselheiro do Sindipeças.
Segundo ele, a receptividade da área técnica do governo foi positiva e o setor está confiante. Ainda assim lamenta ter de constatar que “num momento de recordes, a dois anos de chegar a 5 milhões de veículos produzidos no Mercosul, tenhamos de nos preocupar com a sobrevivência de uma indústria com sessenta anos de história”.
De forma resumida, entre as ações remediadoras de curto prazo para a recuperação do segmento estão: redução de encargos trabalhistas, disponibilidade de recursos para financiamentos competitivos de longo prazo, reforço das regras de conteúdo local (para determinar com clareza o que pode ser importado para a montagem de um veículo), eliminação de impostos sobre investimentos.
Outra mudança adotada deverá ser com relação à classificação da NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), para que a identificação dos itens importados seja clara. Atualmente, segundo levantamento da Secex (Secretaria de Comércio Exterior, do MDIC), os primeiros componentes na lista dos mais importados chamam-se Outros.
por Portal O Mecânico (www.omecanico.com.br)
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