sábado, 17 de setembro de 2011

BMW pode fabricar compactos no Brasil

A nova geração do hatch Série 1, que estreou em Frankfurt, é um dos candidatos a ganhar produção no Brasil

O anúncio definitivo da BMW sobre a construção de uma fábrica no Brasil será feito só em novembro. Mas o diretor mundial de vendas e marketing da montadora bávara, Ian Robertson, confirmou na última quarta-feira (14) que a fábrica pode até produzir sua futura linha de compactos no País. De acordo com o executivo, os planos da BMW para o mercado brasileiro são de longo prazo e até a tecnologia flex está em pauta.

Robertson afirmou que a BMW ainda não definiu que veículos serão montados no país. Nem mesmo o tipo de linha está confirmado: a princípio, a fabricante fará carros em esquema de CKD (Completely Knock-Down), em que o modelo é apenas montado – as peças vêm prontas do exterior e chegam em kits. Existe a possibilidade de a BMW erguer uma fábrica para produzir os carros localmente e não apenas montá-los.

A única definição até o momento é sobre o início das operações, marcado para 2013. Segundo o executivo, é mais provável que a marca comece com o CKD, mas existem planos de se fabricar no Brasil a futura linha de compactos, feita sobre a arquitetura batizada de UKL (Untere Kompactklasse). A linha será compartilhada entre BMW e Mini e terá apenas tração dianteira – para a decepção dos fãs mais puristas da marca.

Quer dizer, de início, a BMW deve fazer o CKD, possivelmente com a nova geração do Série 1 ou o crossover X1 – atualmente o modelo de maior sucesso da marca no país. Mas a montadora pretende ter uma produção plena. Ian Robertson disse que a montadora pretende fabricar no Brasil e exportar para a América Latina, especialmente aos mercados do Mercosul (mas o executivo deixou claro que o Brasil é o foco principal).

Esta plataforma de compactos (UKL) vai originar entre oito e 10 carros de tração dianteiras, entre eles a nova geração do Mini Cooper e seus derivados (Cabrio, o novo Coupé, o crossover Countryman e os futuros Roadster e Paceman, já confirmados para 2013). “Nós na BMW não fazemos nada a curto prazo. Se tomarmos uma decisão a favor do Brasil, será de longo prazo”, decretou o diretor da montadora.

Quando questionado sobre as particularidades do mercado brasileiro, como combustíveis, tecnologia flex e impostos, Robertson também foi incisivo: “sim, vale à pena, estamos considerando todos os requisitos porque o mercado tem potencial”, disse. “E temos boas razões para considerar o motor flex”, enfatizou após a notícia de que a Audi (integrante do grupo Volkswagen) pretende lançar seu motor flex em 2012. 

por Diogo de Oliveira (Auto Esporte)

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