De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para
Veículos Automotores - Sindipeças - o índice de nacionalização de peças
nos carros vendidos no Brasil não deve ultrapassar os 20%, apesar da
medida adotada na semana passada pelo Governo.
Segundo o anúncio do
ministro da Fazenda, Guido Mantega, pelo menos 80% dos veículos
produzidos por uma marca devem ter 65% de conteúdo nacional para que
tenham desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados.
A
explicação, segundo Paulo Butori, presidente da Sindipeças, está no fato
de que o cálculo não é feito no preço das peças. "Esse cálculo de 65%
será feito com base no preço final do carro", disse, explicando que a
entidade defendia que o cálculo fosse feito com base no custo do carro,
não no preço final, pois dessa forma a quantidade de peças nacionais
exigidas seria maior. "Ainda assim considero que a medida foi positiva,
porque antes não havia exigência nenhuma de conteúdo nacional. É um
avanço".
Apesar da análise positiva, Butori ainda acredita que
não é possível avaliar o impacto total que a medida terá para a
indústria de autopeças, mas a expectativa é que o déficit comercial do
setor seja reduzido.
por Marcio Ishikawa (Quatro Rodas)
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