Dia do Mecânico 20 de Dezembro. São eles os verdadeiros Médicos, Doutores de nossos carros, são eles que nos dão: segurança, conforto e economia, para nosso lazer, prazer, trabalho e realizações.
Só
no mercado formal, de acordo com informações da Relação Anual de Informações Sociais
(RAIS) de 2007, são cerca de 175.000 mecânicos para atender uma frota de mais
de 51 milhões de veículos. Na verdade um profissional mecânico para cada 300
carros. No Brasil são 330.000 médicos para 190.000.000 de brasileiros, isso dá
1,7 médicos para cada 1000 brasileiros. Considerando que o índice médio de
habitantes/veículo é em torno de 6 hab./veic., cada família tem em média 04
pessoas, daí, teremos menos de 1 mecânico para cada 1.000 habitantes, ou seja,
quase a metade de mecânicos, ou, o dobro de médicos.
"Um
veículo bem cuidado (manutenção preventiva) e um condutor prudente podem
economizar muito em gastos do governo com acidentes de trânsito".
Parafraseando
um dos líderes da reparação automotiva do Espírito Santo, Ricardo Barbosa:
"Mecânico,
no passado, era aquele que não queria estudar".
Nossa
realidade agora é outra, o profissional da reparação automotiva, hoje e para
sempre, precisa de informações que não são obtidas, como no passado, pelo
aprendizado na prática, no método empírico de tentativa e erro, e assim
sucessivamente.
"Estamos
na era da mecatrônica". Hoje
fazemos parte da evolução tecnológica do automóvel (meios de mobilidade, termo
mais atual), que não pára. Vemos os lançamentos e desenvolvimentos de produtos
e novas tecnologias, nas pistas de teste e corridas de todo o mundo (F1,
Fórmula Indy, Stock Car, Fórmula Truck...). E, essa tecnologia se dispõe,
imediatamente, nos veículos novos que, logo-logo, estarão nos pátios de nossas
empresas.
Nosso
mecânico precisa de habilidades além do conhecimento técnico. Nossos gestores
de boa formação (educacional e cultural) e ferramentas de gestão (software) de
qualidade e boa operacionalidade. Não bastam somente ferramentais e implementos
modernos. O bom profissional, a exemplo dos médicos, precisa ter: domínio da
informática, internet, uso constante de literatura técnica, apostilas e
manuais. Participação em: palestras, cursos, seminários, feiras, congressos e
workshops.
Ser
organizado, ter boa apresentação pessoal e boa comunicação, não são mais
diferenciais e sim obrigação.
Não
são mais permitidas sujeiras, falta de higiene, agressão ao meio ambiente ou a
saúde, tanto de funcionários, quanto dos próprios clientes. Também, as
tradicionais imagens de mulheres nuas, até porque, boa parte do púbico que
freqüenta nossas oficinas são elas, as mulheres. Hoje representam mais de 40% da decisão na hora da
compra do veículo, elas levam o seu carro e o carro da família, do marido para
o conserto.
O
mercado é extremamente seletivo (como sempre digo: bom prá mim é empate, temos
que ser os melhores), não aceitando mais as velhas e ultrapassadas máximas de
uns
"pseudos-filósofos", que finalmente viram que estavam
no ramo ou no rumo errados:
"U
pobrema dotô, é na rebimboca da parafuseta do eixo do trambuletão".
Sabe
o que o cliente, não entendendo, fará?
-Primeiro
vai procurar uma nova opinião. Com quem? Com o concorrente.
-Segundo
vai nos dar adeus... "E
em silêncio, pois, se ele ainda reclama, demos graças a deus, é por que ainda
quer continuar nosso cliente".
Devemos
vender serviços e produtos de qualidade e garantia simplificada:
"Fazer
certo da primeira vez"
(máxima da qualidade total). Devemos
nos certificar se o cliente está consciente e entendendo nossas explicações,
afinal, a clareza é um ponto importante no diálogo.
A
primeira coisa que o cliente compra é nosso atendimento aliado à nossa
credibilidade, por isso, a mentira, a
"enrolação" são proibidas terminantemente.
Atenção: "clientes não compram produtos
ou serviços. Eles buscam a solução de seus problemas".
Devemos
estar atentos:
"Não
vendemos amortecedores ou peças e serviços de suspensão, freios e outros...
Vendemos: economia, segurança, estabilidade, conforto, satisfação, lazer,
prazer...". Felizmente
uma propaganda já dizia: "brasileiro
é apaixonado por carro". Na outra: "ele acorda na madrugada fria
e vai ver se seu carro está coberto. Quando retorna à cama dá um puxão no
cobertor e descobre sua mulher".
Precisamos
focar nos benefícios que o cliente está disposto a adquirir.
Passemos
da "empurroterapia".
Das antigas "almotolias".
Borrifando óleo nos amortecedores para dizer que estavam vazando, dos
"estiletes" cortando coifas de juntas homocinéticas",
e outros expedientes, que graças a deus, ficaram no passado.
Precisamos
ser o profissional competente, preparado, qualificado e de confiança. Assim
agindo, seremos reconhecidos, com méritos, como: "solucionadores de
problemas".
Finalizando:
são mais de 30 anos no mercado automotivo. Atuando em lojas de peças e pneus,
fabricantes, distribuidores e importadores de autopeças, junto aos senhores
profissionais de mecânica/mecatrônica
automotiva. Freqüentando suas empresas, pisando no solo (sagrado) delas, não
vindo de pára-quedas. O
que muito me orgulha e clamo que os senhores também tenham o mesmo orgulho.
Minha
analogia vem do mercado médico/farmacêutico: nós (vendedores de autopeças)
somos os técnicos farmacêuticos e balconistas, os mecânicos são os "médicos, cirurgiões de
automóveis". O corpo humano tem toda referência com o
sistema automotivo:
"A
grande diferença é que o cirurgião opera com o motor ligado...!"
Parabéns
a todos meus irmãos e colegas de profissão, que deus nos abençoe, nos guarde e
nos conduza!
por Ronaldo Amaral (Jornal Brasil Peças / Administradores.com)
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