quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Dia do Mecânico/Médico de Automóvel, 20 de Dezembro

Dia do Mecânico 20 de Dezembro. São eles os verdadeiros Médicos, Doutores de nossos carros, são eles que nos dão: segurança, conforto e economia, para nosso lazer, prazer, trabalho e realizações.


Só no mercado formal, de acordo com informações da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2007, são cerca de 175.000 mecânicos para atender uma frota de mais de 51 milhões de veículos. Na verdade um profissional mecânico para cada 300 carros. No Brasil são 330.000 médicos para 190.000.000 de brasileiros, isso dá 1,7 médicos para cada 1000 brasileiros. Considerando que o índice médio de habitantes/veículo é em torno de 6 hab./veic., cada família tem em média 04 pessoas, daí, teremos menos de 1 mecânico para cada 1.000 habitantes, ou seja, quase a metade de mecânicos, ou, o dobro de médicos.

"Um veículo bem cuidado (manutenção preventiva) e um condutor prudente podem economizar muito em gastos do governo com acidentes de trânsito".

Parafraseando um dos líderes da reparação automotiva do Espírito Santo, Ricardo Barbosa:

"Mecânico, no passado, era aquele que não queria estudar".

Nossa realidade agora é outra, o profissional da reparação automotiva, hoje e para sempre, precisa de informações que não são obtidas, como no passado, pelo aprendizado na prática, no método empírico de tentativa e erro, e assim sucessivamente.

"Estamos na era da mecatrônica". Hoje fazemos parte da evolução tecnológica do automóvel (meios de mobilidade, termo mais atual), que não pára. Vemos os lançamentos e desenvolvimentos de produtos e novas tecnologias, nas pistas de teste e corridas de todo o mundo (F1, Fórmula Indy, Stock Car, Fórmula Truck...). E, essa tecnologia se dispõe, imediatamente, nos veículos novos que, logo-logo, estarão nos pátios de nossas empresas.

Nosso mecânico precisa de habilidades além do conhecimento técnico. Nossos gestores de boa formação (educacional e cultural) e ferramentas de gestão (software) de qualidade e boa operacionalidade. Não bastam somente ferramentais e implementos modernos. O bom profissional, a exemplo dos médicos, precisa ter: domínio da informática, internet, uso constante de literatura técnica, apostilas e manuais. Participação em: palestras, cursos, seminários, feiras, congressos e workshops.

Ser organizado, ter boa apresentação pessoal e boa comunicação, não são mais diferenciais e sim obrigação.

Não são mais permitidas sujeiras, falta de higiene, agressão ao meio ambiente ou a saúde, tanto de funcionários, quanto dos próprios clientes. Também, as tradicionais imagens de mulheres nuas, até porque, boa parte do púbico que freqüenta nossas oficinas são elas, as mulheres. Hoje representam mais de 40% da decisão na hora da compra do veículo, elas levam o seu carro e o carro da família, do marido para o conserto.

O mercado é extremamente seletivo (como sempre digo: bom prá mim é empate, temos que ser os melhores), não aceitando mais as velhas e ultrapassadas máximas de uns "pseudos-filósofos", que finalmente viram que estavam no ramo ou no rumo errados:

"U pobrema dotô, é na rebimboca da parafuseta do eixo do trambuletão".

Sabe o que o cliente, não entendendo, fará?

-Primeiro vai procurar uma nova opinião. Com quem? Com o concorrente.

-Segundo vai nos dar adeus... "E em silêncio, pois, se ele ainda reclama, demos graças a deus, é por que ainda quer continuar nosso cliente".

Devemos vender serviços e produtos de qualidade e garantia simplificada:

"Fazer certo da primeira vez" (máxima da qualidade total). Devemos nos certificar se o cliente está consciente e entendendo nossas explicações, afinal, a clareza é um ponto importante no diálogo.

A primeira coisa que o cliente compra é nosso atendimento aliado à nossa credibilidade, por isso, a mentira, a "enrolação" são proibidas terminantemente.

Atenção: "clientes não compram produtos ou serviços. Eles buscam a solução de seus problemas".

Devemos estar atentos:

"Não vendemos amortecedores ou peças e serviços de suspensão, freios e outros... Vendemos: economia, segurança, estabilidade, conforto, satisfação, lazer, prazer...". Felizmente uma propaganda já dizia: "brasileiro é apaixonado por carro". Na outra: "ele acorda na madrugada fria e vai ver se seu carro está coberto. Quando retorna à cama dá um puxão no cobertor e descobre sua mulher".

Precisamos focar nos benefícios que o cliente está disposto a adquirir.

Passemos da "empurroterapia". Das antigas "almotolias". Borrifando óleo nos amortecedores para dizer que estavam vazando, dos "estiletes" cortando coifas de juntas homocinéticas", e outros expedientes, que graças a deus, ficaram no passado.

Precisamos ser o profissional competente, preparado, qualificado e de confiança. Assim agindo, seremos reconhecidos, com méritos, como: "solucionadores de problemas".

Finalizando: são mais de 30 anos no mercado automotivo. Atuando em lojas de peças e pneus, fabricantes, distribuidores e importadores de autopeças, junto aos senhores profissionais de mecânica/mecatrônica automotiva. Freqüentando suas empresas, pisando no solo (sagrado) delas, não vindo de pára-quedas. O que muito me orgulha e clamo que os senhores também tenham o mesmo orgulho.

Minha analogia vem do mercado médico/farmacêutico: nós (vendedores de autopeças) somos os técnicos farmacêuticos e balconistas, os mecânicos são os "médicos, cirurgiões de automóveis". O corpo humano tem toda referência com o sistema automotivo:

"A grande diferença é que o cirurgião opera com o motor ligado...!"

Parabéns a todos meus irmãos e colegas de profissão, que deus nos abençoe, nos guarde e nos conduza!

por Ronaldo Amaral (Jornal Brasil Peças / Administradores.com)

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