Associação tornou a criticar efeitos do novo IPI
As empresas filiadas à Abeiva (Associação Brasileira das Empresas
Importadoras de Veículos) fecharam o ano de 2011 com 199.366 unidades
emplacadas, respondendo por 23,35% das vendas de veículos importados no
Brasil. O resultado é bastante discreto, especialmente se comparado com
os números obtidos pelas montadoras chamadas de nacionais, que
representaram 76,65% do total de 853.729 unidades.
Os
emplacamentos no acumulado – ou seja, entre janeiro e dezembro de 2011 –
apresentaram alta de 87,4% em relação a igual período de 2010. Com esse
resultado, a associação respondeu por 5,82% de participação no mercado
brasileiro. Quanto aos números de dezembro, as filiadas tiveram alta de
26,8%, ante o mês de novembro.
“O avanço das associadas à Abeiva
se justifica por conta da chegada dos novos players que passaram a
oferecer aos consumidores brasileiros produtos completos, com mais
tecnologia e design. E assim conquistaram os brasileiros que ascenderam
na sociedade”, afirmou o presidente da Abeiva, José Luiz Gandini. O
executivo comentou sobre a queda das quatro maiores fabricantes de
automóveis do país. “As montadoras deixaram de investir em inovação.
Oferecem aos consumidores brasileiros produtos ultrapassados”.
Gandini
também reiterou seu descontentamento com a nova alíquota do IPI
estabelecida para as importadoras de veículos. “O governo brasileiro
deveria, como indicava o programa Brasil Maior, ter reduzido a alíquota
do IPI para as montadoras que efetivamente investissem em tecnologia, de
modo a recuperar terreno perdido. Este decreto foi para segurar o avanço
das importadoras e é completamente sem lógica. Sobretaxar os
importados, fora do Mercosul e do México, além de inconstitucional, foi
uma insensatez”, declarou.
por Vitor Matsubara (Quatro Rodas)
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