domingo, 15 de janeiro de 2012

Dicas para dirigir gastando (e poluindo) menos

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Acelerar na medida certa garante que motor trabalhe sempre na faixa ideal
As melhores maneiras de guiar e cuidar do carro para consumir menos combustível

É verdade que o avanço tecnológico tem proporcionado ao consumidor veículos cada vez mais econômicos e menos poluentes, mas nunca é demais adotar um estilo de direção capaz de diminuir ao máximo o gasto com combustível – que, convenhamos, não anda nada barato há anos. Para os motoristas que têm o pé direito bem “pesado” ou para aqueles que não são lá muito cuidadosos com a manutenção, reunimos algumas dicas preciosas, dadas por dois especialistas no assunto.

“Para se chegar à economia é preciso deixar de lado a performance”, comenta José David, piloto e instrutor master do Centro Pilotagem Roberto Manzini. Como fazer isso? Acompanhe as dicas do expert.

Marcha adequada: “Não é nada econômico rodar a 30 km/h em terceira marcha, por exemplo, situação que faz o carro trepidar. Também não é adequado acelerar a 90 km/h em segunda marcha”. Nesse caso, a lição do piloto é bem simples. “Verifique o manual do proprietário, que indica quais são as faixas de velocidade indicadas para cada marcha. O velocímetro de alguns modelos ilustra isso com pequenos sinais. Outros oferecem conta-giros, que pode facilitar essa tarefa”.

Conheça seu veículo: dirigir um modelo 1.0 não é igual, obviamente, a dirigir um 1.8, ou um V6, V8 etc. “Cada motor tem um tipo de resposta às acelerações e é fundamental que o condutor o conheça bem”. Um carro 1.0 geralmente precisa ser acelerado um pouco mais antes que se mude a marcha, o que não é necessário em modelos com torque elevado, disponível em baixas rotações. “Vale, mais uma vez, consultar o manual do proprietário”.

Acelere suavemente: trânsito não é autódromo. Quem acelera forte a cada saída de semáforo ou de pedágio desperdiça muito combustível – e não recebe nenhum troféu.

Economia e segurança: reduzir gastos é muito bom, mas é preciso pensar em outro aspecto. “Quando utiliza a marcha certa, o condutor consegue economia sem abrir mão da segurança. Um exemplo: em um cruzamento, ele pode acelerar para escapar de uma colisão que poderia ter sido causada por um motorista imprudente, que passou pelo sinal vermelho. E o motor só responderá com agilidade se a marcha selecionada for compatível à velocidade, o que já não acontece quando se roda devagar em marchas altas”.

Manutenção: Não adianta muito mudar a maneira de dirigir se você não cuida bem do seu carro. Ignorar o período para a troca de certas peças pode aumentar o gasto com combustível. Para conseguir bons resultados, anote aí as dicas de Rubens Venosa, consultor de Auto Esporte e proprietário da oficina Motor Max.

Elemento do filtro de ar: a peça pode diminuir drasticamente a passagem de ar para o motor se não for trocada no momento certo, o que acaba alterando o consumo de combustível.

Filtro de combustível: com o excesso de impurezas na peça, a bomba de combustível fica sobrecarregada e pode até queimar. Além disso, o motor passa a receber menos combustível. “Quando isso acontece, o condutor tende a acelerar mais para compensar a perda de desempenho e, é claro, o consumo aumenta”.

Bicos injetores: “Quando acumulam sujeira, eles não pulverizam o combustível com a mesma eficiência”. Venosa lembra que o assunto gera polêmica porque as montadoras afirmam que os bicos injetores são autolimpantes. “Eles são, de fato, autolimpantes, mas esse efeito só funciona com combustíveis de qualidade. Nossa gasolina ainda possui alto teor de enxofre, que contamina a peça”.

Velas de ignição: quando funcionam mal, deixam de queimar o combustível na câmara de combustão, desperdiçando a gasolina ou o álcool. 


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Válvula termostática: responsável por controlar a circulação do líquido de arrefecimento entre o radiador e o motor, a peça também pode afetar o consumo. “Ainda existem mecânicos que retiram a válvula defeituosa, que em alguns casos causa o aumento da temperatura da água. Só que eles retiram e não colocam uma peça nova. Em vez de esquentar, o motor passa a trabalhar em temperatura baixa. Com isso, a central eletrônica injeta mais combustível no motor automaticamente”.

Sensor de temperatura da água: Venosa explica que existem dois dispositivos como esse. Um deles envia dados para a central de injeção eletrônica e o outro, para o painel de instrumentos. “É necessário verificar o funcionamento do sensor que se comunica com a central de injeção por meio de equipamentos eletrônicos. Se estiver com defeito, ele pode enviar informações erradas, o que também pode proporcionar aumento de consumo”.

Sonda Lambda: o equipamento mede a quantidade de oxigênio que sai pelo escapamento. “A presença desse gás no sistema de escape indica que o combustível não está sendo queimado como se deve pelo motor. Nesse caso, a sonda envia essa informação à central de injeção eletrônica, que corrige o problema, mas só se estiver funcionando bem”.

“Calibragem dos pneus abaixo do adequado, rodas desalinhadas, peso excessivo e rodar com os vidros abertos ou com o ar condicionado ligado também alteram o consumo”, lembra Venosa. 

por Igor Thomaz (Auto Esporte)

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