O hatch compacto Nissan March (foto) é o modelo mexicano mais vendido no Brasil neste início de ano |
Nesta quinta-feira (15), representantes de Brasil e México
definiram novas regras para o acordo de livre-comércio de veículos
entre os países, vigente desde 2002. Segunto texto publicado no site do
Ministério da Economia do México, a chefe das Relações Exteriores,
Patrícia Espinosa, e o ministro brasileiro, Antonio Patriota, assinaram
acordo que cria um regime temporário com cotas limites para as
exportações nos próximos três anos.
Em 2012, o México poderá enviar US$ 1,45 bilhão em veículos ao Brasil, teto que subirá a US$ 1,56 bilhão em 2013, e a US$ 1,64 bilhão em 2014. Após esse período, o acordo de livre-comércio volta a ser como antes, sem limite (em cifras) para o volume de exportações. A revisão do acordo também incluiu um percentual mínimo de conteúdo regional de 30% no primeiro ano, 35% nos três anos seguintes, e 40% no quinto ano (2017).
E para estreitar os laços entre países, ficou definido ainda que serão realizadas missões empresariais no primeiro semestre de 2012, para fortalecer o comércio bilateral do setor automobilístico. O acordo que isenta os carros mexicanos da taxa de importação de 35% estava sob risco desde fevereiro, por causa do desequilíbrio na balança. Caso isso acontecesse, os modelos fabricados no país seriam sobretaxados com o novo IPI.
Em 2012, o México poderá enviar US$ 1,45 bilhão em veículos ao Brasil, teto que subirá a US$ 1,56 bilhão em 2013, e a US$ 1,64 bilhão em 2014. Após esse período, o acordo de livre-comércio volta a ser como antes, sem limite (em cifras) para o volume de exportações. A revisão do acordo também incluiu um percentual mínimo de conteúdo regional de 30% no primeiro ano, 35% nos três anos seguintes, e 40% no quinto ano (2017).
E para estreitar os laços entre países, ficou definido ainda que serão realizadas missões empresariais no primeiro semestre de 2012, para fortalecer o comércio bilateral do setor automobilístico. O acordo que isenta os carros mexicanos da taxa de importação de 35% estava sob risco desde fevereiro, por causa do desequilíbrio na balança. Caso isso acontecesse, os modelos fabricados no país seriam sobretaxados com o novo IPI.
Entenda a crise do acordo
Pela primeira vez em mais de dez anos, a balança comercial ficou desfavorável ao Brasil, o que motivou o governo federal a negociar mudanças nas regras. Os números de importações de automóveis e peças do México em 2011 impressionam: foram enviados mais de US$ 2 bilhões ao mercado brasileiro. Em 2012, pelas novas regras, esse valor não poderá superar o teto de US$ 1,45 bilhão – o que afetará a cota de alguns modelos.
Segundo Stephan Keese, consultor da Roland Berger Strategy Consultants especialista no segmento automotivo, para as montadoras vale mais instalar uma fábrica central que exporte aos países vizinhos, a ter diversas unidades locais. No caso da América Latina, muitas viram o México como uma opção melhor que o Brasil por diversos motivos, entre eles a proximidade do gigante e consumista mercado norte-americano.
Outro motivo tem ligação com um estudo sobre a chance de rentabilidade de uma fábrica de veículos no Brasil. A taxa mínima de produção para garantir sua rentabilidade seria de cerca de 100.000 unidades/ano. Contudo, o estudo mostrou que o mercado brasileiro absorveria apenas 30% desse índice, dependendo do modelo. “A balança tem, claramente, uma preferência pelo México”, pontua Keese.
Pela primeira vez em mais de dez anos, a balança comercial ficou desfavorável ao Brasil, o que motivou o governo federal a negociar mudanças nas regras. Os números de importações de automóveis e peças do México em 2011 impressionam: foram enviados mais de US$ 2 bilhões ao mercado brasileiro. Em 2012, pelas novas regras, esse valor não poderá superar o teto de US$ 1,45 bilhão – o que afetará a cota de alguns modelos.
Segundo Stephan Keese, consultor da Roland Berger Strategy Consultants especialista no segmento automotivo, para as montadoras vale mais instalar uma fábrica central que exporte aos países vizinhos, a ter diversas unidades locais. No caso da América Latina, muitas viram o México como uma opção melhor que o Brasil por diversos motivos, entre eles a proximidade do gigante e consumista mercado norte-americano.
Outro motivo tem ligação com um estudo sobre a chance de rentabilidade de uma fábrica de veículos no Brasil. A taxa mínima de produção para garantir sua rentabilidade seria de cerca de 100.000 unidades/ano. Contudo, o estudo mostrou que o mercado brasileiro absorveria apenas 30% desse índice, dependendo do modelo. “A balança tem, claramente, uma preferência pelo México”, pontua Keese.
por Diogo de Oliveira e Guilherme Blanco Muniz (Auto Esporte)
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