segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Câmbios automáticos precisam de cuidados especiais no calor


O calor é o maior inimigo do câmbio automático. Quem afirma é a APTTA Brasil (Associação de Profissionais Técnicos em Transmissão Automática), observando que o verão é uma época crítica para o aparecimento de problemas em veículos com esse tipo de transmissão, principalmente devido a superaquecimento.

Para o mecânico identificar esse tipo de problema, a associação aponta que basta analisar o fluido, que, na situação ideal, deve estar parecendo com o lubrificante novo, translúcido e mantendo a cor, geralmente vermelha ou amarela. Caso esteja marrom, é sinal de que foi degradado pelo calor extremo; e se chegar próximo ao preto, indica a presença de pó das embreagens queimadas. O radiador também pode contaminar o sistema, o que pode ser diagnosticado caso o óleo esteja opaco.

“Um teste de durabilidade feito nos Estados Unidos anos atrás comprovou como o controle da temperatura é fundamental para os automáticos. Quando mantiveram o sistema a 80°C, o fluido conservou suas propriedades após mais de 80.000 km. Ao ser ensaiado a 150°C, o lubrificante perdeu suas qualidades antes de atingir os 7.000 km, gerando desgastes prematuros em diversos componentes internos”, destaca Carlos Napoletano Neto, diretor técnico da APTTA Brasil.

A entidade ressalta, no entanto, que é possível manter os problemas sob controle caso alguns cuidados sejam tomados, tanto pelo dono quanto pelo mecânico. Entre eles, manter o veículo revisado, com atenção especial ao sistema de arrefecimento. Em muitos automóveis, além do motor, o sistema também é responsável por refrigerar o câmbio automático, por isso, líquidos, fluidos e lubrificantes também precisam ser checados e trocados com regularidade. 

Outro fator que influencia a degradação do câmbio é o uso severo do veículo. Por isso, é essencial evitar as arrancadas fortes e o excesso de carga, situações que geram muito atrito e calor, desgastando a transmissão. Para evitar o desgaste, além dessas medidas, o mecânico deve orientar seu cliente sempre a aliviar um pouco o pedal do acelerador momentos antes de cada mudança, de forma a facilitar o engate automático e poupar os componentes internos. 

por Portal O Mecânico (www.omecanico.com.br)

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